sexta-feira, 13 de novembro de 2009

As chuvas de verão



Sempre avante no caminho
Tiro dos pés os espinhos
Enxugo do rosto o suor
Levanto a cabeça ao desãnimo
Eu vejo nessa caminhada
Passarem por mim as estradas
Que levam que trazem
Que ficam... Que mutilam
São infinitas colinas
Povoadas de diamantes
Que crivam
Machucam
Sangram e matam
Serei eu sereno da noite
A destilar veneno inebriante
Tão forte
Tão poderoso
Como o sopro do siroco
O vento que vem do deserto
E leva a ruína ao tempo
O tempo que enclausura o vento
Segura as toalhas da sangria
Que nos mata
A cada dia
Que nos traz
A casa do terror
Levante e se jogue no chão
Pois ali tem traição
Tem tiroteio
Balas de canhão
Segure sua vida nas mãos
Ande o caminho das mandrágoras
Pise no ninho da naja
Enfrente a fúria do sol
Que queima
Sem dò a relva pequena
Leva o caos a plantação
Enquanto nós pequenos seres
Esperamos...
As chuvas de verão

Anna Karenina

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