terça-feira, 17 de novembro de 2009

motim



Luas que se encontram
Sois que se separam
Astros desastres
Atos de terror
Terra sem amor
Som de chacina
Grito choro
Berro de um valente
Que morreu
Levante no navio
Chamado terra
Motim a vista
Nada de conquista
Só desolação
Preso está
Preso estará
Soterrado na alameda
Dos imortais que já morreram
Tanto medo não justifica
Falta de justiça
Cabra cega que vê
A lua no horizonte
Água da fonte
Fonte dos desejos esquecidos
Como um pão amanhecido
Cigarra canta ate explodir
No ar o som do realejo
Canta passarinho
guarda o ninho do pavor
Nada de amor
Nada de vida
Fome de comida
Comida que mata a fome
Mas mata de veneno
Menino pequeno
Barriga d’água
Sofre a morte
A morte tira a sorte
São muitos pra levar
Não tem vaga
O trem escabroso
assombroso já esta cheio
Volto da estação
Sem pão sem leite
Como restos
do lixo dos ricos
Benditos sem dor
sem amor
Conforto na hora da partida
Samba na avenida
Sai da frente
Que vem a morte
Lado norte
Lado sul
E tudo terminou
No céu azul


Anna Karenina

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