quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

minha cancão é indígena



minha cancão é singular
tem a grandeza do mar
e a força de uma nação
minha cancão tem luz
 a cor das folhas amarelas
e o cintilar de nove luas
minha cancão  é indígena
tem a benção de tupã
a beleza de jaci
a singeleza da raça
tupi guarani...
somos uma nação guerreira
com canto de guerra a ecoar
correr nas florestas e salvar
o que ainda dela restar
antes das cinzas levar
minha cancão é singular
 é cancão de céu e mar
de guerra e restauração


anna karenina

viver é tão bonito...




Eu conheço a fantasia
Eu conheço a harmonia
Que invade o coração...
Como um dia de verão
As ondas beijando a praia
como a noite que desmaia
Sinto me um pouco sereia
nessa grande imensidão
nessa brancura de areia
meus olhos vêem emoção
vadiando entre as rochas
do beira mar tão bonito
sinto o beijo da brisa
ouço uma nova cancão
viver é tão bonito...
reverbera esse meu grito
em louvor a criação


anna karenina

para minha amiga Ana da Cruz



nos cantos mais estranhos da terra
eu guardei meu coração
nessa esfera celeste
meu teto minha mansão
as flores são meu tapete
os rios minha piscina
as montanhas meus caminhos
e meu santuário as colinas
vejo no espelho das águas
minha alma de menina

para minha amiga
Ana da Cruz



ANNA KARENINA

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O GRITO.



. Avancei muito ,na idéia de ser feliz....

vieram os sons das águas, me tirar essa ilusão
caminhei sobre ,gramas verdes da vereda
de um destino...
que sempre me afrontou.
sinto a tristeza a solidão
a letargia de uma manhã de inverno.
minha alma esta fria...
espero que a primavera...
traga flores, ao meu triste jardim
onde resido a sentir...
o gelo, das madrugadas de agosto
me espelho, nas cataratas do coração.
meus cabelos sempre revoltos...
espero sempre, a dúvida de ser humano .mas não consigo sentir
meu eu...
em lugar algum...
se eu gritar...
ninguém escutará.

Anna Karenina

LADY DIANA, A PRINCESA DO POVO.



A linda princesa ,suspirou

sua alma ,leve como a brisa

sentiu que era o fim...

mulher bela e angelical...

nunca houve...

nem haverá outra igual...

bela rosa da realeza...

mas também ,mulher guerreira.

fizeste da tua vida...

um exemplo de coragem...

e amor ao próximo.

vai em paz...

linda princesa...rainha bela..

teu conto de fadas terminou aqui.

mas jamais, serás esquecida...

Repousa, nos braços de DEUS.


ANNA K

Uma lua apaixonada...



Na mata virgem
De virginal candura
Vestida de seda pura
De um verde esmeralda
Encontra se guardado o segredo
 da vida,do canto dos pássaros
E noites enluaradas...
A sinfonia da floresta
 como num ritmo de festa
 encanta a imensidão
E as estrelas pequeninas
 curiosas ,la de cima
vem ouvir a cancão
A lua enciumada
com aquela maravilha
 veste se de prata
e proclama a poesia
Assim foi ,assim eu vi
A lua poetizar
Pra mostrar pras estrelinhas
 o seu jeito de brilhar


LUA:

...Sou a  lua serena e bela
Sou feita de esplendor
Nos pés da minha montanha
 Eu guardo o meu amor...

.............................
Então a floresta e as estrelas
ficaram maravilhadas
Pois jamais imaginaram
Uma lua apaixonada...


Anna karenina

caminhos desertos e misteriosos



São luzes que brilham a distancia
Parecem pontos inatingíveis no céu
Estrelas pequeninas ...esferas de cor mórbida e cintilante
Meu rosto sente o roçar de um vento indolente que paira agora a beira mar
Descobri que não sei como estou aqui
So sei que a vontade de seguir adiante por caminhos desertos e misteriosos foi mais forte
Assim penso como podemos sair de algo tao venenoso como o pensamento fixo
Aquele que amanhece o dia como um estalo de chicote de couro em nossa mente
Deixando nos apreensivos e descontrolados
Sai para distribuir essa maldita sensação de impotência diante da vida e seus revezes
Distribuir pelo mundo,pelo ar e sentir a leveza que nos traz algo partilhado universalmente
Sai por uma porta trancada com a chave da escravidão
Não mais voltarei
Seguirei o caminho da liberdade que se adianta a meus pés
Jamais voltarei a sentir a angustia dos condenados e a tristeza dos desprezados



Anna karenina

Religião salva...??




Religião não se discute
Cada um tem a sua
Nunca devemos colocar ela no banco dos réus
Mesmo porque ninguém sabe qual a verdadeira
As vezes me pergunto...
Se Deus é somente um deve ter um modo único de reger e aprovar as coisas
Com tanta denominação religiosa,todas jurando de pés juntos que a sua é verdadeira,fica difícil
As vezes ficam observando erros nos membros de outras igrejas para ter o motivo de retificar a sua como sendo a única
Mas em todas tem pessoas falhas porque todos ainda somos pecadores
Que erram as vezes cometem crimes hediondos como nos casos de estupro e pedofilia
Que envolvem membros de religiões tidas como verdadeiras e de códigos severos
Eu acho que religião não salva ninguém
Nós é que temos de nomear um tipo de adoração e fazer tudo para que essa seja pura
Uma adoração pura e verdadeira seguindo ao pé da letra as normas da bíblia
Essa seria o ideal e a única
Mas enquanto não existe uma saímos a procura da paz onde ela marcar ponto
Acho que a fé inerente no ser humano junto as suas obras santas e justas
Dirão onde encontramos a verdade
Mas por enquanto não vi nenhuma
E você?



Anna karenina

livro que ninguem lê



Sombras de torres de bronze
Ruptura da harmonia
Silencio no vasto campo
Templo da agonia
Sonhos que vem e vão
Aroma de verão
A terra que pega fogo
O vaso de barro quebra
A semente que se rega
Pra crescer e dar o pão
Ninho de passarinho
Ponte no meu caminho
Eu posso passar segura
As águas já não me envolvem
O fôlego esta liberado
Quase vivo ou afogado
A riqueza das minas douro
Leve pra longe a poesia
Deixe-a na estrada fria
Que ela retorna a você
Livro que ninguém lê
Pois está virgem...
... sem nada escrito
Viagem demorada
Pras terras do infinito


anna karenina

L.D.A.H.



Lentamente colhem se a uvas e saboreia o vinho
Lentamente vem a primavera e colhem se as flores
Lentamente ouve se o gorjeio do pequeno pássaro
Lentamente sente se o calor de afetuoso abraço
Docemente come se o fruto que se plantou um dia
Docemente sente se o perfume da felicidade
Docemente leva se ao céu um grito...liberdade
Amargamente come se o pão cozido da tristeza
Amargamente colhem se os ventos da nossa tempestade
Amargamente paga se na vida o que se deve a Deus
Amargamente colhem se os frutos do mal que se plantou
Humildemente ouve se a voz da alma resignada
Humildemente leva se a luz das velas da razão
Humildemente há paz e harmonia onde há nobre coração


anna karenina

Ate a infinita e misteriosa beleza de uma noite enluarada..



Quando a terra sentiu a primeira descida das águas de março
Eu estava olhando as gaivotas e então comecei a pensar...
Muitos desconsideram a presença e existência de um Ser Superior
Um Deus criador de tudo que há...
Na minha lembrança já esmaecida pelo tempo veio um lugar...
Onde eu ficava horas a meditar sobre o porque das coisas
Era ainda criança,e quando a solidão e os questionamentos eram muitos
La estava eu no pedacinho de chão a beira de um lago
Perto da casa onde nasci...
Lembrei que eu mesma cismei com tudo que não se explicava claramente
O nascimento de uma criança,a morte a fúria da natureza
Os segredos do universo e da alma humana...
Eu sempre falava pra mim mesma que no dia...
Que deixasse de acreditar na Força Maior que move
Esse gigantesco mundo de engrenagens estranhas
E diversificadas,era porque tinha perdido a razão
E realmente no decorrer da minha vida,eu perdi muito
Da esperança da fé num futuro melhor...
E me senti muitas vezes do outro lado do rio
Mas minha razão sei que nunca perdi...
Porque nunca deixei de crer no Dador da Vida
Senhor do infinito e criador de céus e terra e tudo que neles há
A Jeová dos exércitos eu louvo ao ver desde uma simples borboleta
Ate a infinita e misteriosa beleza de uma noite enluarada..
.

Anna Karenina

Quando eu cruzar o rio da morte




Cá estou eu... Sentindo frio nessa tarde de calor sufocante
A febre me envolve com seu manto quente
Eu respiro com dificuldade como um prematuro ao nascer
As fantasmagóricas sombras me cercam
Deixam me sem caminho
Nada posso fazer pra sair desse esconderijo funesto que eu mesma criei
As vezes sinto que existir me foi negado
E eu sombra do pecado insisti e estou aqui
Há muita vegetação nesse caminho
Lilases e rosas sem espinhos
São flores que plantei pra mim
Pra enfeitar a minha sombra
Quando eu cruzar o rio da morte
La ficarei esperando que as águas me purifiquem
La ficarei alerta ao som do trovão
As chuvas de novembro chegaram e ainda não plantei meu chão
Estou descoberta como a relva ao ficar molhada pelo sereno da noite
Respiro com dificuldade
O suor me molha o corpo dolorido
Já sonhei demais
Alço meu vôo no infinito
Com asas de branca pomba
Pois agora eu quero paz


Anna karenina

FELICIDADE TEM UMA RAZÃO



JÁ NÃO ME SINTO MAIS TÃO LIVRE
COMO ERA NORMAL ESTAR
A PRISÃO ME APERTA E ME DESTRÓI
SINTO AS CADEIAS DOBRANDO MEUS BRAÇOS
NADA POSSO FAZER PRA SAIR DESSE LUGAR
INFESTADO DE PÂNTANOS
LAMACENTOS E ASSOMBROSOS
ACHEI UMA ESCADA QUE DAVA PRO CÉU
MAS TROPECEI NO TERCEIRO DEGRAU
E FIQUEI SEM PODER CONTINUAR A SUBIR
EU JÁ NÃO SINTO MINHA ALMA
ELA AGORA È UM ZUMBI
SEM COR,SEM DOR,SEM SENTIMENTOS
SÓ SABE CHORAR LAMENTOS
MINHA PRIMAVERA QUEIMOU
NO CALOR FORTE DO VERÃO
E O GELO DA MINHA VIDA
INVADE ME O CORAÇÃO
SOU PLANTA RASTEIRA
GRAMÍNEA SECANDO AO SOL
SOMENTE LEVAREI A CAMBRAIA BRANCA
QUE COBRE OS MEUS OLHOS
LIBERDADE TEM SEU PREÇO
AMOR TEM UM COMEÇO
FELICIDADE TEM UMA RAZÃO


ANNA KARENINA

O POETA ANALFABETO




Não sei o que è poema,soneto ou poesia
Sò conheço as amarguras, que saem da minha alma arredia
Desconheço haicai, poetrix ,poetagem
Sò sei das imagens lentas, que vem ao meu mundo selvagem
Sou errante nessa estrada,nesse céu de muitos astros
Espero a chuva passar, pra recolher meus bagaços
Sou singela,atormentada inquieta e atrevida
Relato fatos abstratos e fatos reais da vida
Pouco importa se sou culta ,eu só quero ser humana
Não me dobra os joelhos as leis, pois tenho uma mente insana
Desconheço os dons das letras ,convivo com sentimentos
Esqueço que há as regras ,troco elas por lamentos
Hoje estou na terra dos mortos,amanhã ressuscitei
As vezes na fantasia,mas da realidade doentia
Eu conheço o sofrimento
Sinto paz,e agonia,sinto amor e rebeldia
Sou o pàssaro que atravessa, com suas asas vibrantes
As florestas de gigantes...


Anna karenina

Era só um pequeno arroio...




Eu era um pequeno arroio esquecido pelo mar
Chorava as mágoas baixinho pras pedras não escutar
Da correnteza eu pegava ervas que se afogavam
Das margens dos grandes rios as lágrimas que me banhavam
Eram dias de verão , águas quentes e cristalinas
No inverno névoa branca que descia da colina
No outono velhas folhas que caiam dolentes
Mas na doce primavera, flores a me enfeitar
Como se vissem amargura ,e ausência de apoio
Jogava fora a tristeza e absorvia esse presente
Eu não era grande coisa...passava despercebido
Era só um pingo dagua
Era só um pequeno arroio...



Anna karenina

IDAS E VINDAS



Irei ao encontro da primavera
Voltarei na estação das folhas amarelas
Sentirei o aroma da açucena
Do emblema das moradias do céu
Entrarei nos átrios majestosos
Serei rainha de um reino infinito
Nessa terra de fantasia e luares
Varrerei as águas frias dos mares
Sentirei o sal cortante do oceano
Em dez luas estarei aqui de novo
Nas grandes águas nadarei até a margem
Do rio sereno sentirei muitas saudades
Até a noitinha que agora é terra e sol
Na lua nova estarei lúcida e serena
E no verão dançarei com o arrebol


Anna karenina

a cor azulada do frio



Quem é você?... sacrilégio disfarçado
Pedaço de mero pecado
Fantasma de um passado
Soluços do coração
Sou aquele verme maldito
Que ninguém ouviu o grito
nem escutou a cancão
Na terra de ninguém vivo agora
Nas águas sem limite repouso
Espero meu vôo rasante
Sair de uma a outra fonte
Pousar meus pés na areia
Sou solitário acaso
letra vermelha e sangrenta
Nas bolas de fogo do tempo
Relevo as asas ao vento
Espreito o amanhã ao nascer
sinto o fel da boca amarga
o lento passo do deportado
que leva o viajante cansado
A beiras das águas fresca
Esperar pela seresta
de vozes misteriosas
De sombras lamuriosas
Sou portador de boas novas
Que deixaram de existir
Sai do exílio da noite
Entrei na prisão da claridade
Sou um dia sem esperança
Noite alta sem lembrança
O choro de uma criança
Espero a sentença do vazio
a cor azulada do frio




Anna Karenina

Jesus Cristo é o Filho de Deus, não o Deus Todo-Poderoso




Jesus Cristo é o Filho de Deus, não o Deus Todo-Poderoso
O próprio Jesus Cristo ensinou seus seguidores a orar: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome.” (Mateus 6:9) Ele nunca afirmou ser igual a Deus. Em vez disso, ele declarou: “O Pai é maior do que eu.” — João 14:28.
Jesus desempenha um papel vital na realização do propósito de Deus. Deus o enviou “como luz ao mundo, a fim de que todo aquele que depositar fé [nele] não permaneça na escuridão”. (João 12:46) Segundo o apóstolo Pedro, “não há salvação em nenhum outro”. (Atos 4:12) Isso é verdade porque nossa salvação depende do sangue precioso de Cristo. (1 Pedro 1:18, 19) Jesus Cristo deu sua vida como sacrifício de resgate para remir a humanidade do pecado que nossos primeiros pais, Adão e Eva, transmitiram à família humana. (Mateus 20:28; 1 Timóteo 2:6) Além disso, Deus usou Jesus para revelar a Sua vontade e o seu propósito. — João 8:12, 32, 46, 47; 14:6; Atos 26:23.
Eis algumas verdades bíblicas que nos deixam a pensar
Muitos afirmam que Jesus Cristo e Deus o pai são uma só pessoa
Mas a luz das escrituras essa luz que cada vez ilumina mais a humanidade
Aqui na terra ,Jesus orava constantemente ao seu Pai nos céus e ensinava a seus seguidores a orar a Deus Pai também.
No monte das Oliveiras no meio da tristeza que se apoderou dele
Jesus pediu:Pai,afasta de mim esse cálice
Na hora da sua morte
Ele orou ao seu Pai nos céus
"Pai, nas tuas mãos, entrego o meu espírito" (Lc 23, 46)
Como ele poderia orar para ele mesmo?


Anna karenina
essa foi a certeza que cheguei em minhas pesquisas
respeito as crenças de todos

meu exìlio



Na certeza da presença,na cegueira da ausência
Minha alma segue em paz...
Na luz de estrelas azuis,no rosa dos astros celestes
No perfume das flores campestres, minha alma acha paz
A guerra acabou enfim,há alegria dentro de mim,meu espirito festejou
Sai de terras estranhas pras terras que alguem herdou
Sai de lenta agonia deixei me levar na poesia
De novo aqui estou...
Depois do triste exílio sugando o fel do martírio
Minha alma se aquietou...



Anna karenina

Rastros de traição



Lembro, relembro
Passado,presente e futuro
Um barco seguro, Titanic alado
Em bravias ondas
Castelo escalado
Vento forte do oeste chuva fina nas flores
Arrepia os amores
Descobrindo louvores
Melodias cristalinas, vozes argentinas
No topo da montanha cantando canções
Canções de ninar, de ir a batalha
Canções do mar louvor de pescadores
O que vê a retina não enxerga a Iris
Olhos amendoados, flocos de algodão
Um branco quase pecado
Rastros de traição


Anna Karenina

filha do igarapè



Sou simples como o mar
Mas como ele tenho segredos
Meu brilho não è próprio
Como a lua depende do sol
Nasci numa pequena vazante
Que liga a maré ao igarapé
Sou cetim de muitas nuvens
E tule de muitos mantos
Meus cabelos...
Têm a cor do sol crepuscular
Meus olhos são frios como o luar
Trago na face...
O esplendor de muitas raças
Nos braços a força de muitas águas
No coração a canção do alem mar
Sou cristalina, intrigante e relutante
Não me entrego ao desespero
Mas choro com meus temores
Saúdo as cores da vida
Levo no peito a saudade da partida


Anna Karenina

DIA DE SALVAÇÃO



Ultrapassando as barreiras do vento
Em um só sentimento uma só oração
Miríades de almas humanas como águas calmas
Esperam do rei a consolação...
Na terra a trombeta, que soa
Trazendo o aviso… È hora de acordar
Pois ao ouvirem a voz do Cristo
Os mortos no Hades hão de se levantar
Nessa magnitude que confunde a fé
Pois de tão belo e majestoso que é
Às vezes pensamos que estamos sonhando
Mas ali adiante nos esperando
O Rei... Esta de pé…



Anna Karenina

TEMOS DE REVER A SITUAÇÃO FAMILIAR ANTE A REPETÊNCIA ESCOLAR



NUNCA PRESSIONE O SER HUMANO,SE FOR UM JOVEM PIOR AINDA

O que se quer deve ser medido pra não vir conseqüências desastrosas
Porque um dos males que mais destrói a humanidade è não compreenderem e amar uns aos outros
Fanatismo religioso, esportivo enfim têm tantos nomes esse tal de fanatismo que não da pra escrever todos
A pressão psicológica dos pais sobre os filhos em relação dos estudos pode se tornar fanatismo e dele se colher frutos amargos
Muito certo que queremos nossos filhos formados, educados
Que eles estudem e progridam na vida
Hoje sem estudo tudo è mais difícil senão até mesmo impossível
Mas temos de dosar o modo do incentivo
Todo ser humano tem uma personalidade diferente
E por mais que conheçamos ate mesmo nossos filhos, ninguém sabe do que a mente humana decepcionada ou pressionada è capaz
Fazem cerca de dois anos que uma jovem cometeu o suicídio porque sofreu pressão da família por ter repetido o ano colegial
E nesse instante um jovem de menos de 15 anos esta entre a vida e a morte num leito de hospital com um tiro na cabeça, por causa da mesma história
Sempre a mesma história
Ou prometem , presentes ou castigos caso repitam o ano escolar
Eu acho que os pais deveriam amar mais seus filhos do que fazerem cobranças extremas
Ou chantagens idiotas que podem até levar a morte
Peço a todas as orações por esse jovem vitima do exagero humano


Anna Karenina

flores astrais



E eu esqueço o meu lamento
Na fúria do tempo
Levanta o vento o arco das flores astrais
E a paisagem adormecida pela morte pela vida
Inebriante beleza azulada
Vejo-me a transportar valores
Que são de épocas de ouro
Sinto a leveza de ser o ser
De não saber quem sou ou porquê sou
Soberba tirania que a voz ao longe grita a quatro ventos
E assim transforma esse lamento
Num quase canto de dor e amor


Anna Karenina

amanhecer



Sou mais uma entre tantas
Que se esconde
Nas brechas da terra
Como réptil que espera
A hora morna passar
Para abraçar a escuridão
Sentindo o aroma da noite
Sinto-me rejuvenescer
A paz me envolve
E vejo outra manhã nascer

Anna Karenina

vinho adulterado



Nos campos a discórdia
Nos mares a revolta das ondas
No céu o brilho intenso
Dos luzeiros em blecaute
Prestes a se apagar
Nas almas a sintonia
Que mostra o sinal de perigo
Estamos em guerra mortal
A paz já não há
Nos canteiros de trigo
Bebemos o veneno derramado
Pelas nuvens embriagadas
O vinho esta quente
E adulterado
E as maças estão podres
E caídas à beira da estrada


Anna Karenina

como o ladrão




Seda pura das terras do jasmim
Vinho doce que embriaga
Flores de lilases ladeando minha passagem
Miragem de um amanhecer
Já não durmo, fui abandonada por o elixir do sono
Achei algas marinhas na enseada do rio
Tudo vai mudar de lugar
Somemos as astúcias da grande serpente
Que incomoda a terra
Com a angustia dos enlutados pelas guerras
Guerras santas em nome de um deus calado
Que nunca existiu
Porque aquele cujo nome è Jeová
Sempre será o Senhor dos Exércitos de tudo que há
Esse Deus tem seu nome gravado nos corações quando começam a bater
Ele è paz, nunca a guerra
Em sua própria guerra só ele luta e ganha
Nada se move nada se vê ate o dia amanhecer
Dessa noite tenebrosa vinda da lua
Extinta na terra
Caída do sol
Com som de estrelas
Sopros de vento
Alento na estrada, estranho pensamento
Tudo há seu dia
Tudo há seu tempo
Começa a redenção
Pois ninguém conhece o dia do Senhor
Esse dia vem como o ladrão


Anna Karenina

O QUE È A PAZ...???



Paz,essa palavra tão conhecida da humanidade
Paz,pombinha branca,bandeira branca,mãos acenando lenços brancos
afinal o que é a Paz?
O fim das guerras?da violência?do racismo
preconceitos e inimizades?sim,a paz è tudo isso e mais ainda
a Paz exprime coisas e acontecimentos,que as vezes não compreendemos
mas a Paz somente existirá,quando não precisar de festas,dias especiais e comemorativos
para unir os homens e mulheres de boa vontade
quando a fome e a miséria,desigualdade social não mais existir
a inveja,dissimulação
a mentira e a corrupção
demandas politicas e religiosas
sociais e desamistosidade entre os povos da terra

QUANDO PUDERMOS GRITAR AOS QUATRO CANTOS DO MUNDO ESSA VERDADE
QUANDO DEUS ,FOR UM
QUANDO COMERMOS O QUE PLANTAMOS
MORAR ONDE CONSTRUÍMOS
QUANDO A DOENÇA E A MORTE NÃO MAIS EXISTIR
LÁGRIMAS DE TRISTEZA DE NENHUM OLHO CAIR
QUANDO O SER HUMANO OLHAR E VER QUE NÃO ADIANTA REUNIÕES PRA TRAÇAR O DESTINO DA TERRA DEPOIS DE TENTAR DESTRUIR
PORQUE NÃO È DO HOMEM TRAÇAR SEUS PRÓPRIOS CAMINHOS
QUANDO TODOS UNIDOS EM UM SÓ CORAÇÃO RECONHECER O SACRIFÍCIO DA REDENÇÃO
E A IMPUNIDADE NÃO MAIS MAGOAR OS INJUSTIÇADOS
E A LIBERDADE SER JUSTA EM TUDO QUE AQUI SE FAZ
ENTÃO ...AI HAVERÁ ...PAZ


ANNA KARENINA

Adeus a Brittany Murphy



você partiu muito cedo
alias ultimamente muitos partem cedo demais
sempre te admirei,nunca perdia seus filmes
serio,sempre a achei incrível
sempre jovial,boa atriz ,rosto de menina
linda demais
no filme Recém-casados”
você esteve genial
“As patricinhas de Beverly Hills” (1995),
“Garota interrompida”
, “A agenda secreta do meu namorado”
“Amor e outros desastres”
esses foram alguns dos seus inúmeros trabalhos
mas aquele que sempre me lembrará você
sempre estará no meu coração
foi em:
GRANDE MENINA,PEQUENA MULHER
LA VOCÊ BRILHOU DEMAIS

PAPAI DO CÉU CUIDARÀ DE TI


anna karenina

morte estranha...



No meu derradeiro leito
Quando a vela estiver apagando
Não quero choro nem lamentos
Muito menos sofrimento
Ninguém vive para sempre
Essa è a realidade
Então no meu item final
Eu quero originalidade
Musicas do Élvis Presley
Encantando os corações
Flores de laranjeira
Perfumando a comoção
Quero me ir assistindo
Um show do Guns N' Roses
A voz sensual do Nick Cave
Entoando rosa silvestre
Uma foto do Aírton Senna
Brasileiro que valeu a pena
Há enfeitar esse dia…
Quero as primeiras gotinhas
De cerveja que nunca bebi
Uma loura bem gelada
Pra eu beber na garrafa
Um acarajé bem grande
Sou baiana, mas nunca comi
Um copo de vinho tinto
Pra eu conhecer o sabor
Ensopado de carneiro
Feito com muito amor

E também rock do bom
Rauzito por aqui
Daquele que sempre ouvi
Piadas de Bocage
Pra gente se divertir
Não chorem nem se desesperem
Só digam amem… La vai ela
Pro além muito feliz
Pois breve estará aqui


Anna Karenina

mar da tranqüilidade



Sonhei com coisas belas
Rastros do alvorecer
Acordei nos braços da lua
Antes de o sol nascer
Mergulhei na grande onda
Do mar da tranqüilidade
Pensei em voltar a terra
Se um dia sentisse saudades

Anna Karenina

alma peregrina



Eu relembro as noites de fugas
Alegria brotava no ar
E o amor bailava a sonhar
As canções inebriam minha alma
Eu voltei no tempo outra vez
Eu entrei no passado a voar
Com asas da libélula azul
Vestidos de sedas das fadas do sul
Cobri meu jardim de madressilvas e lilases
Senti que o vento esperava por mim
Pra levar-me por mares sem fim
Lugar nenhum è meu lugar
Não pertenço a era alguma
Não sou escrava do presente
Passado ou futuro
Sou livre, liberta das noites de abril
Levo o que tenho no coração aflito
A beira de estradas canto a minha melodia
Chamo os animais que vivem no campo
E as aves que voam nos céus
Sou livre sou forte, sou feita de aço
Sou brisa, sou leve
Sou as gotas de água
Que caem nas madrugadas
Caminho voando no espaço sem fim
Cubro meus pés, com o mais puro jasmim



Anna Karenina

O retrato de Lucinda.




foto web


O lugar era um tanto assustador
Samambaias nas arcadas das janelas estilo coloniais
Quebravam o sentimento austero que fluía dali
Segui um tanto hesitante, mas bati na enorme porta de carvalho
Recebeu-me uma alva senhora
Tão alva que era transparente
Seu sorriso dizia que há muito estava só
E esperava com ansiedade por alguem
Apresentei-me, e ela também
Disse me chamar se Lucinda
Morava naquela casa desde o seu nascimento
Perguntou o motivo da minha presença ali
Eu um tanto inebriada pelo ar majestoso daquele lugar único
Tentei explicar da melhor maneira a minha presença
Eu seria a sua nova dama de companhia
Fui contratada por sua família para que a ajudasse
De inicio ouvi algo sobre sua vida quando jovem
Fiquei admirada como alguém, pode ter tido uma vida tão tranqüila e feliz
Apesar da idade, seus lindos olhos azuis, não tinham perdido a suavidade da cor do céu
Seus cabelos já prateados pelo tempo
Eram tão sedosos, que mais pareciam flocos de algodão
Sua voz já cansada pelos anos soava como uma voz de criança
Então vi a foto…
Sim, na gigantesca sala de entrada havia uma tela a óleo
Que retratava a mais bela jovem, que meus olhos puderam ver em toda minha vida
Sorridente ela me disse
Que aquela jovem era ela aos dezesseis anos
Eu nem escutava direito. embevecida que estava em tanta formosura
Foi ai que me dei conta de como a vida, è cruel quando a velhice chega
Aquela angelical jovem do retrato deveria ter sido o sonho, de muitos cavalheiros da sua época
Muitos teriam querido ser dono do seu coração
E ela teria causado inveja e admiração a muitas moças da cidade
Mas tudo passa e daquela magnífica criatura, só restava fisicamente uma senhora miúda e gentil
Há como a velhice e os tempos pesam nos nossos ombros
Roubando tudo que a natureza nos deu ao nascer
Saúde, beleza, elegância esplendor
Não resisti e notei duas lágrimas, ousadas rolando pelo meu rosto
Talvez ali eu estivesse vendo o meu futuro também
Ali naquele retrato
O retrato de Lucinda.


Anna Karenina

MENSAGEM AOS MEUS AMIGOS TERRÀQUEOS



foto pessoal

UM ANO VAI, OUTRO VEM
ASSIM È DESDE A ANTIGUIDADE
UM ANO VEM OUTRO FINDADO
COM ELE FINDAM AMARGURAS DESVENTURAS
DESAVENÇAS, DESCRENÇAS E DESAMOR
MUITO APRENDEMOS…
DESSE ANO QUE VIAJA PRO ALÈM
APRENDI A VOAR COM AS BORBOLETAS
SUBIR NAS NUVENS SEM ESCADA
ANDAR NAS AREIAS DA PRAIA, SONHAR NAS MADRUGADAS
CANTAR A NONA SINFONIA DE BEETHOVEN
APRENDI QUE TUDO È ILUSÃO VAIDADE E EMOÇÃO
QUE SENTIMENTOS SÃO MAIS CAROS QUE BENS MATERIAIS
QUE QUEM NÃO TEM PAI TERRENO
TEM O PAI CELESTIAL…
QUEM NÃO SONHA VIVE PELA METADE
QUE DEPRESSÃO È UM MODO DE PENSAR ERRADO
QUE CORROÍ NOSSAS ALMAS…
QUE AMIGOS NÃO PRECISAM SE CONHECER
BASTA SABER QUE EXISTEM
E SE IMPORTAM COM VOCÊ
QUE AS FLORES SEMPRE RETORNAM
NÃO IMPORTA O CALOR E A SECA
VOLTEI A VER MINHAS FIGURAS NAS NUVENS
BASTA VOCÊ QUERER…
VESTI O MANTO DAS FADAS, FUI PRA TERRA DO FAZ DE CONTAS
VISITEI TODAS AS ESTRELAS DO CÉU
GANHEI UM METEORO COMO TROFÉU
QUE O AMOR È O MAIS FORTE E SINCERO SENTIMENTO
ULTRAPASSA A PRÓPRIA MORTE…
SOU UMA PESSOA ESQUISITA DESCONFIADA E TÍMIDA
MAS AGORA ACEITO ESSAS MINHAS FALHAS
SEMPRE TENTANDO AS EDUCAR
APRENDI QUE UM DEUS CRIOU TUDO
E UM SALVADOR VEIO E TUDO SALVOU
QUE O VENTO LEVA A GENTE AONDE QUISERMOS
E AS MONTANHAS ETERNAS SEMPRE SERÃO ASSIM… ETERNAS
COMO EU… COMO VOCÊ… COMO TODOS DA HUMANIDADE
MESMO QUE POR ALGUM TEMPO… AINDA EXISTA MORTE



ANNA KARENINA

Flores de laranjeira




Existindo sempre firme
Atè quando só Deus sabe
Trago o amargo da vida e a dor da saudade
Levo o encanto do pranto derramado em horas tristes
Harmonia do meu eu, que procura o sentir
O existir
O não ter
O haver
E o bem querer
São verbos que deciframos em rosários dos aflitos
São vozes de almas cândidas, são miragens do infinito
Flores de laranjeira perfumando a noite calma
Descansar do sol ardente esperando a luz da lua
Derramar lágrimas carentes que deságuam da minha alma


Anna Karenina

Somos a terra



As nuvens formam negas multicores, enquanto viajam no infinito
Aqui na terra pequena e quente estou eu… Está você
A questionar,sobre a breve parcela de anos a nos humanos concedida
No encanto do vôo das andorinhas há o milagre da renovação
No nascimento de um ser, o bater de um novo coração
Cada ser humano ou que respire sobre a face da terra
È uma pedaço dessa mesma terra
Somos a terra, temos água em nossos corpos como ha na terra
Somos feitos dos vários minerais e substancias encontradas na terra
Somos terras em miniatura
Todas com suas guerras intimas
Seus valores seus temores seus vulcões e maremotos
Somos tormenta, tempestade e céu azul
Somos noite e dia
Vida simples, vida complicada
Somos a terra da qual fomos criados
Somos a poeira vermelha do sertão
A areia branca das praias e o gelo dos icebergs
Somos o fogo dos vulcões
Todas as quatro estações estão em nòs
Somos a terra, criaturas independente, cores de uma aquarela
E quando chegar nosso fim…
Nosso berço esta nela… A terra


Anna Karenina

minha terra



Tapete de gramíneas
sentada a beira da estrada
Um velho pé de carvalho
Existo mas não insisto
se vivo por existir
ou se porque eu respiro
Exalo o perfume de acácia
que o vento soprou no ar
Bebo as gotas do orvalho
que caem das folhas agitadas
Meu berço meu rincão querido
Se podes me permitir
Um dia descansar nas terras
,as mesmas onde nasci
Soslaio eu olho assombrada
o que restou do sertão

A poeira e os galhos encurvados
dos aicòs e do manjericão
Oh Deus seu morrer nessa terra
Serei feliz e serena
Aqui onde chorei primeiro
Aqui onde andei pequena
Teu brilho tece o ouro
em cordas ,das selas e das vaquejadas
Oh minha terra querida
Oh minha amada Pintadas



Anna Karenina

ponha a poesia no lugar do coração



iremos tentar
mesmo depois do sol se por
quando vier a luz
cristalina e úmida da lua
iremos tentar
reviver o amor
erguer o olhar
pra campos e campinas
vales e colinas
pois são lugares de inspiração
vale a pena tentar
viver sem pensar no dissabor
ponha a poesia
no lugar do coração
cante essa canção
solte as amarras da morte
descubra os caminhos do norte
ande nas areias astrais
lindas ,leves e traiçoeiras
plumas de nuvens brancas
algodão e tranças
a voar no vento
gritos de lamento
luz que irradia desse grande mar
minha alma em fúria
meu coração a bater e cantar uma cancão
esperando na beira do lago
sonhos que sonhei e nunca acordei
me perdi por la
nas terras da imaginação
iremos tentar
voltar a cena
da mais bela dança de ninfas
miríades de borboletas menina
temos de tentar
não sufocar o amor
temos de tentar
amar e lutar
por um mundo
sem trevas e rico de amor
vamos tentar correr
a beira do penhasco
por o amor em prova
no precipício da razão
temos de tentar
amar ...em total...
...verdade e emoção


anna karenina

a voz da noite



morada secreta
vida presente
passado sem vida
viver futuro
som das estrelas gigantes
não mais com o som gutural
hoje elas cantam
musicas de saudades
saudades das noites enluaradas
nas vestes das virgens a doce candura
a neve que cobre o corpo vazio
a chuva que lava meu peito doentio
as águas de ontem caíram de novo
coração vagando em trevas em juramentos
secretos pensamentos
resta a explosão das magoas ardentes
escolha ver a luz
espere o vento
voando no espaço
sem destino
vai a voz da noite amargura


anna k

viver sem lei



lembranças,vinganças
leis sem cumprir
viver pra existir
rimas de versos incompletos
solidão nas madrugadas
sentido de espera por quem não vem
sonhos,sonhos do alem
a terra e o mar são testemunhas
ponho minha voz no alto monte
o grito ecoa no horizonte
na areia branca as pegadas que não fiz
e no céu estrelado as nuvens da chuva de ilusão
só,sozinha
inquieta a vagar
no ar,na existência do infinito
vejo apagar num brilho de escuridão
tudo aquilo
que eu acredito...


anna karenina

por favor,não enxugue minhas làgrimas



por favor,não enxugue minhas lagrimas
foi tudo que achei pra me consolar da dor
a dor de ter nascido
a dor da espera da morte
a dor que nunca existiu
a dor que já passou
a dor que agora está
por favor deixe minhas lágrimas rolar
são refrigério da minha alma
passagem para o alvorecer
de uma noite sem estrelas
de uma vida sem viver
de um pensamento distante
que caiu no horizonte
um dia no fim da manhã
a noite prevalecerá
a dor então virà...
as lágrimas afloram como flores de algodão
macias mas espinhosas como rosas de verão
deixo as correr por tudo
que nunca fui nem vou ser
pelo túmulo que me espera
por algo que nunca tive
e tentei conquistar sem conseguir
por favor não destruam minhas pérolas
deixem minhas lágrimas cair...

anna karenina

incapaz de sonhar



ainda ouço a mesma canção da aurora
quando as portas de romper a noite
perpetua a sua melodia
ainda sinto a areia branca a brilhar
sob meus pés de menina incerteza
ainda sinto a dor de cada partida
do vestido branco
a dor da ida...
minha mãe evaporando
no ar como fumaça
ainda ouço o burburinho
da voz de meu avô e meu pai
disputando...
quem manda mais
no meu destino
que nunca existiu
ouço o cantar da juriti
eu não posso,não quero ir
tenho pesadelos a resolver
tenho vozes a obedecer
serei a fagulha que queima a fogueira azul
um pau de arara que roda pras bandas do sul
só silencio e a voz do vento
e da viração
onde ha caminho hoje tem espinho
ha me impedir de passar
só ficou uma alma magra e desditosa
incapaz de sonhar


anna karenina

a nossa vida começa



escrevi teu nome
em flores de magnólia silvestre
me vesti de linho puro
escondi me no escuro
para melhor ouvir sua voz
entrei na capela sagrada
com cabelos embaralhados
de fios de ouro vermelho
corri ,florestas e campinas
atras da libélula azul
para te dar de presente...
... naveguei os mares do sul
nos átrios de uma promessa
a nossa vida começa
do nada que a inventou


anna karenina

em busca de uma morada...



antes que o sol se esqueça
de brilhar em meu caminho
antes que anoiteça
e me encontre sozinho
eu olho as montanhas eternas
a procura da caverna
onde eu possa me abrigar
sem lar,sem rumo,sem lei
peregrino eu serei
forasteiro em terras estranhas
levo o livro dos dias
onde conta a profecia
de um dia a luz brilhar
sou a semente do nada
na terra fria jogada
levada por vento a vagar
se a minha alma tivesse cor
seria da cor do luar
pois vago no sereno da noite
com ela pra iluminar
prossigo na estranha estrada
dos esquecidos e sem rastro
sigo as sombras da noite
em busca de uma morada...


anna karenina

ROSAS




ROSAS QUE COBREM A TUMBA
A MESA DO CASAMENTO
A PIA BATISMAL
FESTAS DO NASCIMENTO
SÃO ROSAS QUE GIRAM
DA TRISTEZA A ALEGRIA
ROSAS DA NOITE ROSAS DO DIA
ROSAS AZUIS NASCIDAS DA IMAGINAÇÃO
ROSAS VERMELHAS ,SANGUE DO CORAÇÃO
ROSAS AMARELAS DE ARREBOL E AQUARELA
ROSAS BRANCAS DO VIRGINAL LEITO
ROSAS NEGRAS DA DOR DO AMOR DESFEITO
ROSAS DE MAIO,ROSAS DE ABRIL
ROSAS DO NORTE ,ROSAS DO SUL
SÃO FRÁGEIS FLORES DE MUITOS AMORES


ANNA KARENINA

a imensidão da morte




as ondas teimavam em crescer
e tomar conta da areia da praia
senti um leve tremor ,provocado pelo frio
da maresia vespertina
lembrei dos dias em que a vida
transcorria sem provações
mas a seu tempo tudo emerge
das águas tranqüilas
e assim foi...
a minha felicidade tão rápida
como o roçar de um beija flor numa azaléia
tudo que sonhei derepente se tornou pesadelo
você foi embora...
para sempre,sem poder de volta
porque do além ninguém jamais voltou
minha vida foi quebrada em quatro partes
partes essas que eu tinha de administrar
a dor da perda,a gestação,a solidão
a tristeza dos filhos pequenos
mas em parte eu superei...
se é que se supera tao forte comoção
vi- me em abismos,em jazigos sem flor
como a erva daninha
quando invade um jardim da morte
agora passados anos tudo esta aqui
como você deixou...
seus netos estão adultos alguns
seus filhos já são pais...
e eu...eu não sei o que sou
só uma plantinha
que era verde e logo murchou

anna karenina

assim,a vida continua




assim,a vida continua
o calendário anuncia o futuro
um futuro um tanto estranho
por tudo que estamos presenciando na cena do mundo
fica a pergunta:o que de pior virá a terra e seus habitantes>
porque não somos como a avestruz
nos somos consciente de tudo que esta se passando ao nosso redor
somos inteligentes o bastante pra perceber que o mundo ta mudando pra pior
mas resta um consolo na palavra de Deus

“quando vires estas coisas começarem a acontecer, levantai as vossas
cabeças porque a vossa redenção está próxima”. (Lc. 21:28).

anna

O infarto de uma nação




Morro a cada dia
Ao ver o sofrer do meu irmão
A cada dia morro
Ao ver uma criança sofrendo
A cada dia sinto
A tristeza do idoso abandonado
Sinto no peito
A dor das famílias dos assassinados
Antes que a terra
Vire numa vermelha lagoa
Sinto que a vida
Não tem mais valor
Tudo parece permitido
Tudo parece ser normal
A fome a guerra a morte o mal
Morro cada dia
Quando vejo a voz insana desumana estranha
Maldita e infame
Do crime da trama do desamor da dor e do terror
Ha um silencio na terra
Ha um silencio no ar
Um silencia no infinito
Um silencio no mar
Um minuto de silencio
Um minuto pra pensar
Salvemos nossa terra
Salvemos nosso povo
Pede socorro...Nossa nação
Enfarta - lhe o coração



Anna Karenina

filhas da noite




Eu vos imploro
Oh filhas da noite
A trazerem as vagas e tênues
Cores do amanhecer
Para enfeitar meu nascimento
Pois me esqueci de nascer
Nas frias águas do córrego
Que se junta ao ribeirão
Vais encontrar minhas mágoas
Meus prantos de solidão
Esqueci-me que a morte
Vem depois da vida... A galope
E que as nuvens trazem chuvas
Quando sobem as águas do céu
Eu te clamo oh virgens puras
Que escondam- me
Ate o meio dia...
Vou sentar ao pé desse carvalho
Colher flores e azevinhas
Trago a cesta repleta
De alecrim e manjericão
Levo de volta a vaidade
Que encontrei
Em meio ao caminho
Sentem que já vou partir
Pras manhãs do meu futuro
Imploro-te oh virgens belas
Deixem-me em lugar seguro...


Anna Karenina

Vidas que Ficaram no mar...




A luz a lua
O sol o ar
O mar
As ondas
A vagar
Sempre
O infinito
Longe
E perto
Na escuridão
Das vozes
Do silencio
Som fragmentos
Metálicos
Do alem
Vagas das ondas
Levantam
As ordinárias
Vestes
Das virgens
Do som
Das bravias
Sombras
Do abismo
Quem são essas
Sombras a vagar?
Vidas que
Ficaram no mar...



Anna Karenina