domingo, 28 de fevereiro de 2010

grito do aimorè

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7VSgclbX7nYF97A5bshyphenhyphenjBSGSMgNGtlR5vTxMul8kC7kVwQuYBzff_xYzvg7WLA8_5jJSj7j-lHzUBtV_J_9WyxClzSyIn2PgloFbEHoXXH3oWcegDc62vvhYkbXEKfSrnNWfVb6GTmA5/s400/indios2.jpg
Danço
Canto
Sei sorrir
Minha mímica até engana
além do arco iris
tem um povo que me chama
As luzes do palco iluminam
Minha outra essência de alma
Dentro dessa vida há uma vida
Uma vida esmigalhada
Pelo outono
O verão
Invernos e chuvaradas....
...............................

Primaveras pseudo românticas
Ventos frios
Estrela d alva
Canto triste
Um lamento
Sem ritmo sequer
Alto brada
Pelas matas
Grito do aimoré
Raça forte e vibrante
Cena triste e chocante
Índio queimado
Por filho de gigante
Terra rica de gente ignorante
Sobrevive quem tem sorte
Ou vira presa da morte


Anna Karenina

RECORDAÇÕES


WEB FOTO

Onde estão minhas camélias floridas
Onde eu sentia a fragrância da flor
Onde estão meus anos perdidos
Aqueles que não vivi nem senti?
Onde estão os amigos que antes
Gostavam da minha companhia
Onde está a roseira amarela
Que um dia retratei
 Numa bela aquarela
E meus amores perdidos
Em que terras andarão?
Será que de mim se recordam
Ou me esqueceram então?
Vago o silencio da minha agonia
Resta a velhice e as lembranças a voltar
Onde esta a criança franzina
Que um dia esqueci-me de embalar...


Anna Karenina

Oração da manhã



Nessa manhã cantarei a ti
Uma melodia que escrevi
Mostrando aos povos da terra
Quão belas são as tuas obras
És um Deus de artes primas
Fez a terra com amor
 Deu a nós o teu louvor...
Transportas os montes a um gesto teu
Os mares fogem a tua presença
Os exércitos das estrelas
 Tu as chamas pelo nome
Cada uma te responde...
És Deus de miríades de mensageiros
Teu filho é o rei guerreiro
Que na guerra se abateu
Pra salvar os filhos teus
Agora na restauração
Queremos tua bênção
Tua paz nos è preciso...
Como teu filho prometeu..
Ao ladrão que o comoveu
Breve estaremos no paraíso


Em nome de Jesus teu amado filho


Oração da manhã


ANNA KARENINA

sábado, 27 de fevereiro de 2010

campos de trigo


No pequeno primitivo palco
Onde a canseira da existência
 Tediosa faz se sentir
Levantar e ir à luta sem tropeçar
 Sem ter medo dos espinhos
Faz-nos avançar...
Desço ladeira abaixo
 Distraindo-me com o capinzal
 Plantado de ambos os lados
Logo ali o ruído...
 De uma rolinha fogo apagou
Tira-me de meus devaneios
Existir?Eis a questão
 Ser vivo outra razão
Vamos andando...
 Com grossas correntes de ferro
 Atadas a nossos pés
Podemos ser o que queremos
Podemos ir a qualquer lugar
Medo e angustia...
 Entrelaçam-se nas escolhas
E a duvida em dividir
 O que já é repartido
No medo das sombras do mal
Vem na distancia do vento
 Como se fosse um lamento
Esquecido nos campos
 De trigos do memorial


anna karenina

EU CRIANÇA...


foto pessoal
minha mãe e eu
que horror de foto



Alèm do belo horizonte
Eu deixo meu eu contigo
Levo tua essência comigo
Na terra já caíram as frutas maduras do outono
Eu aqui nesse estranho sono
Ainda perguntando...
Porque você partiu?
Na lembrança fica a criança
Aquela menina de tranças
Era você... Era eu...
Eu sou você... Você è eu
Nada nos diferencia
Hoje cresci adolesci e envelheci
Mas você minha criança...
Se morrer morre a esperança
Da vida sem desespero...
Que um dia te prometi


Homenagem a Anna Karenina menina


Anna karenina

então...no que voce cre?

Não sei quantos daqui acreditam em Deus
Não sei quantos daqui acreditam na Bíblia
Respeito o ponto de vista de todos
Crentes ou não.as profecias ai estão
Se cumprindo pra todos verem e sentirem
Muitas vezes na pele e no coração
Mas não acham estranho estar a cumprir tudo que a bíblia declarou...
Um livro acho que o mais antigo ou um dos mais antigos da humanidade
Revelando ser verídico
Em tudo que esta escrito
Então...no que você crê?


Sobe para 85 o número de mortos por terremoto no Chile, diz Bachelet
Pouco tempo depois do Haiti






“Um princípio das dores de aflição”

“Nação se levantará contra nação e reino contra reino”, disse Jesus, “e haverá escassez de víveres e terremotos num lugar após outro”. Ele acrescentou: “Todas essas coisas são um princípio das dores de aflição.” (Mateus 24:7, 8)

EU...A BÍBLIA E OS NOTICIÁRIOS DE JORNAIS DO MUNDO
Do G1, com agências internacionais
ANNA KARENINA

O que è ser poeta?


Poeta é aquele que transforma sofrimento em poesia
Sabe cantar com voz de júbilo suas alegrias
Não esconde que ama, mas odeia a hipocrisia
Poeta sabe dar- se por inteiro...
Nas letras que saem da sua pena
Sabe ser grande numa tristeza pequena
Poeta sofre, mas sabe da restauração
Da sua mágoa de que nada dura sempre
Nem mesmo o curso das águas
Poeta vê que é frágil e humilde
Necessita de amor e abrigo
Não usa a poesia pra contestar
Nem magoar o seu amigo...
Sabe lavar seu coração...
Poeta sabe se comunicar com a voz de Deus
Ao pôr no papel as maravilhas da criação
Poeta sabe reconhecer seus erros
E concerta com destreza a inimizade e o desprezo


ANNA KARENINA

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Paloma


Minha neta Paloma
foto pessoal


Amor palavra sagrada
 Mas fácil de definir
Amor é o que sentes por mim
Amor é o que sinto por ti
Quando criança não imaginava
 De ver tanta criança amada
 Como ramos de oliveira
 Em volta da minha mesa
Cresci só e vivi só ...
Ate certo ponto porém...
Quando me nasceram os filhos
Fui feliz como ninguém
Agora com meus renovos
 Dos ramos que acolhi
São netos da minha alma
Só por isso estou aqui
Apresento-te essa fadinha
 Mais parece uma princesa
Seu nome e Paloma
Pombinha de rara beleza
Ela é um dos renovos
 Dos ramos de oliveira
Criança linda e feliz
Que me alegra com certeza
Tem nos olhos o azul
 De um céu cor de anil
Na meiguice, na faceirice
Menina  rosa do mês de abril
Uma das minhas fortalezas
Feita de realeza


Minha neta Paloma
Amor de minha vida


Anna Karenina

exodus de uma alma


Quando a tempestade passar
O céu retornaraà ao brilho de antes
São momentos de silencio vacilantes
Minutos de incertezas
 Como águas de correntezas
Levadas pelo chão
No ar o calor ameaçador do fim do verão
Na alma a certeza que só sobrevive
Quem da prazo ao coração
Dia seguinte ficou no futuro
Ontem já è passado
Agora è hora de acertar
 As manifestações de desequilíbrio
De uma alma em vivo esplendor
Nas ondas do vento, macias nuvens
Como algodão das terras do Egito
Ante o êxodos
E o grande grito de libertação


Anna karenina

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

morada na luz do sol


fotomontagem pessoal
Essa inquietude que arrasa
Aperta o peito e a alma
Estrangula o coração...
Sem as chegadas nem partidas
Imóvel no chão de sombras
Assim fenece o poeta
Como a flor que não se rega
Rosa ainda em botão...
Que perdeu o arrebol
Sigo por essa, íngreme estrada
A procura de pousada
Morada na luz do sol

anna karenina

rastros de flores amarelas


Deixo meu rastro na terra
Em forma de flores astrais
Carrego nos anos da vida
Sonhos que não voltam mais

Deixo flores multicores
Verde canto de acalanto
São azuis as violetas
Que carrego com espanto

Trovador canta o romance
Das camponesas belas
Bailando sempre loucamente
Pisando em flores amarelas

Sigo em frente...
Envolvente, docemente
Sigo o som da cantiga
Da voz que ecoa no cais
Da vida da despedida
Dos mimosos madrigais


Anna karenina

donzela da noite


Silencio inquietante
 de forma marcante
Candeia na Mão
Pés sobre o chão
Caminha vacilante
Pra perto da fonte
Donzela da noite
Flor de açafrão
Desliza em puro
 véu de rendilha
Nos braços os traços
 da branca mantilha
Com olhos surpresos
Na beira do medo
Levanta a mortalha
 da vida das sombras
Sentir sem sorrir
 o vento no rosto
Cabelo alinhado
Com fita vermelha
Descobre a rotina
 da serenidade
Encontra na sina
 a fatalidade...

Anna Karenina

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

vidas que ficaram no mar...

as flores


digam -me as flores...
porque vivem tao pouco?
nascem no amanhecer
no anoitecer já se vão
umas morrem de vez
outras começam a murchar
talvez pela delicadeza
 não nasceram pra durar
são entes etéreos e mágicos
de uma beleza ímpar...
vão nascendo e fenecendo
outras ficam no lugar
trazendo alegria a terra
são vistas em toda serra
na campa que guarda a morte
nos caminhos ,nas veredas
são as mensageira do amor
são fadas ,são companheiras
no nascer estão presentes
beijando o ser inocente
nos lares ...
e nas igrejas
no adorno do altar



anna karenina

cadafalso


Um cadafalso...
a corda da forca, madeira que enverga
um grito de espanto
foi tudo um sonho
um sonho real
a face do mal
o trigo a colher
correr pra viver
viver pra morrer
campos desertos, caminhos incertos
loucura, agonia, vida vazia
coragem, covardia
fraqueza, franqueza
libertar dos laços
da casa repartida, reinados em dois
castelos de areia, que a água levou
estou a beira mar...
a contemplar...
o que de mim restou


anna karenina

canção para Pietra


foto pessoal
minha neta Pietra


Meiga flor do amanhecer

num dia de primavera

estrela de brilho próprio

beleza que se revela

te amo ,sempre amarei

uma cancão de ninar...

são teus sonhos, teus primores

florzinha da minha alma

és tudo para mim...

anjo que até parece

um raiar de sol sem fim


para minha neta
Pietra

anna karenina

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

UM CÂNTICO


ENTRAREI NUM SANTUÁRIO
 DE INCENSO E ORVALHO
LEVAREI OFERTAS PRECIOSAS
NAS MÃOS UM BUQUÊ DE ROSAS
NOS TRAJES RENDA SUNTUOSA
DAS TRIBOS DOS REIS DE JUDÀ
ESCOLHI O MEU AMADO
 NO CÁLICE DO VINHO SAGRADO
BEBEREI A SUA LUZ...
OH QUÃO BELOS SÃO OS PÉS
 DOS QUE ANDAM PELOS MONTES
DESCREVENDO A BELA FONTE
FONTES DE AGUAS SAUDÁVEIS
OLHAREI PARA AS MONTANHAS
 E VEREI O SOL RAIAR...
ENTRAREI NOS TEMPOS DA LUA
DEIXAREI MEU SOL BRILHAR...

ANNA KARENINA

Marcelino pão e vinho


Quando as férias chegavam...
Ate que enfim... Liberdade
Aquela menina sorria...
Mudava de identidade
Agora ela tinha nome
Na casa da amiga Vânia
Era onde sempre ficava
Sua mãe ainda jovem
Não perdia a vaidade
De curtir a folia...
 No carnaval da cidade
Mesmo assim estava feliz
Com Vânia sua grande amiga
Ambas da mesma idade
Jamais houve uma briga
Os pais da amiga certo dia
Levou- as a um circo
Brincaram se divertiram
Sem correr nenhum risco
A menina nessas horas esquecia a seriedade
Daquele austero internato
Via-se agora à vontade...
Era o circo do Penacho que estava na cidade
Onde haveria um concurso
Para crianças cantarem
A pequena jovenzinha atrás da timidez
Resolveu soltar a voz com perfeita lucidez
Tinha assistido a um filme que moveu seu coração
A pequena 88... Resolveu cantar a canção
Trilha sonora do filme
Que lhe trouxe tanta emoção
Subiu no palco apavorada
Teve de ser posto um banquinho
Pois aquele microfone
Não era nada baixinho
Criou coragem e entoou
 Como o miado de um gatinho
A linda musica do filme...
Marcelino pão e vinho




Anna Karenina

O brilho de um amigo...A todos os meus amigos virtuais que acreditaram nas coisinhas que escrevo



Eu nasci... Com uma vida já vivida
Cheia de negativos, de chegadas e partidas
Já nasci velha e condenada
A ser a protagonista da tristeza e da solidão
Mal eu tenho um coração
Nasci no topo da vida
 Onde nada que se faça refaz os erros passados
Mas resolvi dar um basta e descer desse topo
Começar... A minha vida
Só minha com mais renovo
Joguei fora as tranqueiras que antes foram usadas
Reconstruí o meu... Ego
Lavei a personalidade
Agora me sinto... Eu
Agora eu sou o... Eu
Ninguém sabe como sai desse triste mundo antigo
Talvez seja minha essência
Junto ao brilho de um amigo
Agora tomarei as rédeas do que tive de agüentar
Tudo da forma minha
Tudo salutar...
Desci o morro da morte
Cortei caminho entre espinhos
Passei no vale das sombras
Mas encontrei meu caminho
Estou reconstruindo a casa
Com varanda de azaléias
Janelas de sempre vivas
Portas de girassol
 Telhado de crisântemo
Minha casa é um sol


A TODOS MEUS AMIGOS VIRTUAIS.


EM  ESPECIAL:Ana da Cruz,Maria Jùlia Guerra,Sìlvia Mendonça e Jorge Cortás Sader Filho


Anna Karenina

domingo, 21 de fevereiro de 2010

oitenta e oito


Pálida e franzina...
 Nos olhos o medo do medo
Medo de não ser querida
De ter feito algo errado
Sentia que sua vida
 Assim como de muitas de suas colegas
Não era uma vida normal
Sem pai sem mãe sem irmãos
Ou qualquer laço familiar
La estava ela a vagar...
 Pelos corredores do internato e da solidão
Que mal tinha feito pra ser diferente...
Sempre essa idéia... Essa idéia a deixava doente
 Passava-lhe pela cabeça... Como se fosse um flagelo
 De cabelos cortados tipo tigelinha
Era o anjo do colégio...   
Elogiada por todos   
mas ela tinha defeitos
 E os controlava, pois mais do que tudo
ela queria ser amada...
Pra ser santa só faltava morrer e canonizar
Como morreu sua amiguinha
Ao subir numa escada pra limpar o lustre do altar
E seus miolos foram no chão se espatifar
Triste cena morreu antes de começar a viver
Pobre menina, no jornalzinho da semana
Ela era a heroína...
A heroína do altar...
Mas as coisas aconteciam como se fossem
 Marcação de um destino vilão
E a meiga criança triste
 Guardava tudo aquilo no seu coração
Levantava todos os dias...
Ao som da ave Maria
Era uma hora sagrada
A santa missa esperava
Mas devido a fraqueza
Mal entrava na igreja
Já saia desmaiada
Talvez por causa do jejum
Ou porque aquilo devia ser comum
Não tinha nome...
Um número a identificava
Pra hora do banho, das refeições
Das orações das procissões
A hora do lanche da tarde
Suas roupas eram marcadas
Só não marcaram a carne
E com um sorriso maroto
Quando perguntavam seu número
Ela dizia... Oitenta e oito


Anna Karenina

minha eterna primavera


Quero envelhecer com a primavera
Porque ela não se entrega...
Sempre volta aos seus amores
Amores que nascem nos matos
 Florestas e regatos
Vasos... Jardins e campinas
Montanhas, vales e colinas
São amores multicores de beleza e harmonia
Amores no arrebol brilhando a luz do sol
Amores abençoados que enfeitam nossas vidas
Desde a hora da chegada até a hora da partida

Amores inigualáveis de beleza e candura
Suas pétalas magníficas
 Valem mais que seda pura
São as flores esses amores
Que a primavera sempre busca
Sendo assim ela eterna...
Volta sempre para a terra
Palco de alegria e dores...
Assim como a primavera
 Também serei eterna...
Voltarei sempre etérea.
Na essência das flores
Na busca de meus valores
No coração dos meus amores...


Anna Karenina

sábado, 20 de fevereiro de 2010

caminhos do mal


Vai por um caminho seguro
Nunca tenhas medo do escuro
Pois breve vem o amanhecer
Esse caminho florido...
Das rosas de espinhos fatais
Que sangram, arrancam
A carne a pele a garganta
Nesses momentos finais
Lembra de te proteger
O que uma flor pode fazer
 São coisas do destino...
Essas rosas...
 Que arranham até a morte
São flores demônios
Saídas das entranhas da terra
Não são flores da serra
São filhas do mal
 Com instinto animal
Não te enganes com seu jeito meigo
E a sua estonteante beleza
Pois é assim que ela seduz
e cega a sua presa
Se fazendo de princesa
Não te esqueças...
 Que satanás era um anjo de luz


Anna karenina

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

eu...a sequoia e o vento


Meio dia... Sol escaldante
Nem uma sombra, nem uma fonte
Eu seguia estrada afora
Torturada e amargurada
A procura de morada
E da sombra do Altíssimo
La adiante uma velha arvore
Com porte de sequóia
Meu ofereceu seus galhos
Pra eu poder descansar
Sua raiz era bem forte
 Seus galhos de folhas belas
Como se fosse uma aquarela
Pintada no mês de abril
Sentei-me e passei a meditar
Sobre mim e meu lugar
Nesse mundo arredio
A arvore ouve- me o choro
E para espanto meu
 Perguntou qual a razão
Contei lhe a minha desdita
Toda estranha toda aflita
Nunca ouvi arvore falar.
Ela respondeu... Irmã
 Somos filhas do Altíssimo
Você humana e eu a sequóia
Não se assuste com isso
Não è uma paranóia
 O que acaba de se passar
Eu sou toda coração
Nas minhas folhas ouça a canção
Quando o vento as balançar
Então cansada e perplexa
Não resisti ao sono profundo
Ouvindo a musica das folhas
E a voz do vento assoviar
Sentindo o frescor da sombra
Daquele encantado lugar...



Anna karenina

o altar


A morte è um sono tardio
Sem amanhecer, sem acordar
Só morre quem a gente esquece
Quem a gente deixou de amar
A vida mais parece uma prece
Pequena, serena, com breve terminar
Quando o sol em sua tardinha
Mergulhando no horizonte
Pra outras terras iluminar
Traz a vida radiante
Com seus raios de esperança
Seu calor a aconchegar
Hoje estou a beira da fonte
Pegando a água que derramei ontem
Colhendo flores na campina
Ainda com pingos de orvalho
Pra enfeitar o altar...

Anna Karenina

berço de avencas


Esqueci-me de te contar...

Ontem conversei com o vento

Falei da minha dor

Da minha solidão

Do meu lamento

Desde pequena desabafo com o vento

Ele leva minhas mágoas mundo afora

Ajuda-me a descansar

Descansar... Desse fardo que ganhei

Que è viver sem estar viva

Andar sem pisar no chão

Ouvir no longínquo infinito azul

As batidas do meu coração

Esqueço que as flores

Virão na primavera

E poderei contar...

Meus segredos pra elas

Há... Como eu queria...

Deitar num berço...

De avencas e descansar

Sentir seu perfume exalar

Hipnotizando-me...

num sono reparador.....

...................................

Quantas noites sem o elixir do sono

Quantas noites sem o bem aventurança

Dos braços de Morfeu

Queria sentir a lua

Iluminando a noite do meu caminho

O sol brilhar...

No escuro da minha noite

Há... Como eu queria

Em paz achar um ninho...














Anna Karenina

alicerces de areia


Levo em minhas pequenas mãos
Um cofre todo de areia...
Guardando o meu tesouro
Aquele que um dia perdi...
...Quando por aqui passei
Deixando as vigas da casa
 Penderem pro lado errado
Pois em alicerces de areia
Construí a minha casa
Mas ela um dia caiu
E jamais a levantei
Ao vento pedi ajuda
Mas o vento só sabe soprar
A lua pedi ajuda
Mas a lua se mostrou fria
Ao sol ajuda pedi
Mas logo me arrependi
Queimou a madeira já seca
Fazendo- a virar pó
Senti uma dor no peito
 E na garganta um nó
Ninguém pode me ajudar
Nem as estrelas do céu
Fui seguindo meu caminho
Toda coberta de véu
Véu da desilusão
Véu da solidão
Véu que me sufoca sem dó
Mas logo vi a razão    
 De tamanha confusão
Descobri que a minha casa
Eu tenho que construir só


anna karenina

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Além do horizonte


Não... Não esqueça que te amo
Não è porque você morreu...
Que vai deixar de viver
Viver no meu pensamento
Alma... Coração... E vida
A morte e só um lamento
Uma gota de despedida
Ao partir fiquei sozinha
Você sozinho ficou
Mas longe...
Além do horizonte
Existe uma queda d’água...
Que vira uma bela fonte
Com águas de profundezas
Flores de grande beleza
Que esconde nosso amor


Anna Karenina

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Serenata Elisabetana...



Elisabeth Serenade aus der Operette "Die Försterchristel"

A noite estava um encanto
Minha alma dizia-me algo
Que eu não entendia
Mas assim mesmo sentia

O vento era somente um sopro
Um acorde de violino
Um passo além do destino
Uma tristeza vazia

Nem meu coração batia
O medo me atormentava
Trancada em meus aposentos
Somente a janela aberta
Para absorver o vento

Então me olhei no espelho
Mas não acreditei no que via
Estava transfigurada...
Tinha um rosto brilhante
A dama da poesia...

Vestia um longo vestido
Coberto de pedrarias
Verde da cor do mar
Pensei estar a sonhar

Meus cabelos eram loiros
Longos e cacheados
Em minha nobre cabeça
Um diadema dourado

Qual princesa majestosa
Em posse do seu reinado
Nos braços do seu amado
Vivendo num reino encantado

A casa que me encontrava
Era um lindo castelo
Com salões decorados
Com estilo e muito esmero

Eu era a dona dali
A rainha do porvir
No salão ouviam se vozes
Acordes de bolero
Bailarinos a dançar

Por toda parte o esplendor
Dava pra se notar
Foi então que escutei
Aquele acorde no ar

Era a mais linda pérola
Em forma de melodia
Senti o peito arfar
Da saudade que sentia

A musica era a minha
Que escutar eu preferia
E assim soavam no ar
As notas com maestria
Da era de ouro humana
O florescimento da poesia

Quando dei por mim
Estava em teus braços a dançar
Que requinte e majestade
Desprendia daquele lugar

Um amor e uma música
Que eram a marca do tempo
Do tempo do encantamento
De acordes e lamentos
Como de harpa humana
A magnífica criação
Serenata Elisabetana...

Anna Karenina

sábado, 13 de fevereiro de 2010

escuridão


Não tenha medo da escuridão
Ela è como a solidão
 Assusta mas è amiga
Olhe- se no espelho do medo
Não se esqueça
 De escrever o enredo
Sobre o medo que sentiu
Salve a voz que ainda te resta
Abra a porta da caverna
Esqueça a noite fria
Seja bem vindo ao dia


Anna Karenina

noite


Noite... Tu és dona do silencio
De loucuras e momentos
Momentos de solidão
Espia se a lua hoje te vê
Levanta o véu da ironia
Cobre tua cama vazia
Noite és o oposto do dia
Mas te cantarei em poesia
Com rimas suaves pequenas
Por seres tão quieta e serena


Anna Karenina

PONTES ABSTRATAS


VEJO-ME...
... EM ALTOS MONTES
ATRAVESSANDO
PONTES ABSTRATAS
SEGUINDO EM FRENTE
 SEM CAIR NO ABISMO
MEU PAI MORREU
 E MINHA MÃE
 NUNCA NASCEU
SOU FRUTO DO PÓ DA TERRA
SIGO EM FRENTE
 PRA NÃO CAIR NO ABISMO
ATRAVESSANDO
 A MINHA PONTE ABSTRATA
O COLORIDO DO SOL
 ACORDOU-ME DO SONHO
VOLTEI A REALIDADE
TUDO ERA UM SONHO
MAS EU QUERIA...
 ...CAIR DA PONTE ABSTRATA
 SOBRE O ABISMO...
CAIR E LANÇAR-ME AO MAR
PRA NUNCA MAIS...
... TER QUE VOLTAR


ANNA KARENINA

o beija flor e as flores


As flores me olhavam tanto...
A doçura e o encanto
E perguntaram com espanto
Onde achei tanta ternura
Respondi com elegância
Eu sou feita de poemas
Versos e orações...
Sou um pássaro beijador
Mensageiro voador
Trago mensagens das rosas
Azaléias e margaridas
Violetas tão charmosas
Beijo as orquídeas divinas
Cravos, camélias, açucenas
Todas as flores da campina
Vivo de distribuir beijos
Sou o pássaro do amor
Elegante e tentador...
Seu criado... O beija flor


Anna Karenina

erva daninha


Estou vagando no meio das sombras
A névoa impede a luz de entrar
Um limbo antes da morte?
Um inferno diferente?
Ou um céu sem Deus?
Quem perdoaria os pecados
 De quem nasceu pra sofrer?
Tudo aqui è real...
Alem da imaginação
Alguém já me viu?
Ninguém, nem aquela que me pariu
Fui considerada aberração
Agora só me resta nestas linhas
Tortas e desalinhadas
Desabafar pra não sumir
Falar pra não explodir
As ervas dos campos
 Secam a luz do sol
As flores perdem o matiz
Os pássaros calam o seu cantar
Sou erva daninha...
Que nem o sol quis secar


Anna Karenina

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

os versos que te fiz


Aqueles versos morenos
 Da cor do jambo maduro
Que te fiz naquela tarde
 Quando o sol nos aquecia
Eu sentia a saudade
 Antes da tua partida
Eu sabia que você
 No amanhecer partiria
 Sofri por antecipação
 Sombrio meu coração
Minha ilusão de seguir-te
 Já não tinha solução...
Procurei-te nos caminhos
 Daquela cruz dos retirantes
Nos vales, nas cachoeiras
 Nas cordilheiras do norte
Minha alma só não foi
Seguir-te no vale da morte
Desde então minha saudade
 Invadiu meu coração
Sabia que não voltavas
 Não por tua opção
Agora escrevo versos
 Com perfumes de jasmim
Brancos da cor das nuvens
 Que os anjos jogam pra mim


Anna Karenina

Uma seresta e um cantador


Quero o meu medo consciente
A reação ao desconhecido
A sombra vil das formas cegas
A luz da aurora a exatidão
Quero frutas maduras
As primícias do outono
A faca cega, a falta de sono
Os sonhos regados de absinto e mel
Os ventos leves que balançam o véu
Da virgem digna de felicidade
Quero ramalhetes de Artemísia
Fonte de absinto e vigor
Meu canto triste e sofredor
Comer o pão beber o vinho
Dado por meu senhor
Quero meu palco de luz apagada
Minha história assim contada
Ao som de um velho pinho
Quero velhas cantigas de amor
Uma seresta e um cantador


Anna Karenina

alegria e tristeza



Alegria e tristeza
São dois opostos da vida
Uma vem pra se cantar
A outra pra se chorar...
Ninguém é alegre ou triste
As vinte e quatro horas do dia
São nuances do se humano
E também dos animais
Se é difícil ser alegre...
Ser triste é muito mais



Anna Karenina

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

As canções do rei Davi...

Não... Não guardes esse silencio
Lança ele aos quatro ventos
Até que se torne grito
Um lamento agoniado
Que passa no ar pesado
Nos confins do infinito
Toma urgente a tua harpa
Tece cânticos de alegria
Pois já amanhece o dia
O dia do rei bendito
Poeta de alma pura
Nobre e doce criatura
Sinto saudades de ti
Dos acordes e melodias
 Que da harpa eu ouvi
Transportas-me ao passado
 As canções do rei Davi...

Anna karenina

nossas almas se visitam


foto Lina fazendo trilha na serra

Existe algo no ar
De beleza e de vida
Nossas almas se visitam
Sem sequer nos darmos conta
Essa grande empatia
Que há pro traz da magia
Onde floresce poesia
Campo fértil de amor
Talvez longe talvez perto
Quando gostamos de alguém
Não há distância espaço
Nem aqui nem no além
As almas sempre se encontram
Nesse jardim maravilhoso
Ora triste ora alegre
 Ao qual chamamos de vida
Nesse instante glorioso
Onde não há palavras
Nem figuras só um sonho
Nossas almas se visitam
Nesse templo risonho


 Anna Karenina

Para minha amada amiga Lina Calandriello

Muito longe de mim mesma


Procurei por mim...
Nas noites caladas do meu eu
Senti o vazio nos frascos
De um perfume oriental
Há poucos instantes
Havia acordado...
De um sonho angelical
Onde tu saias do meu lado
Sem eu ver-te o rosto
Segurei as lágrimas...
Nessa hora de desgosto
Apressei o passo...
Pra ver se me encontrava
Mas eu estava longe...
Andando na estrada da vida
Numa gélida manhã de agosto...
Muito longe de mim mesma
Muito longe da tristeza
Que anunciava meu fim
Encontrei a porta aberta
Por a abertura de uma fresta
Vi que procuravas por mim


Anna Karenina

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

a fuga

Num canto da sala um piano
Na mesa dois copos vazios
Uma garrafa de vinho
Um vaso de vermelhas rosas
No ar o som doce e puro
De uma valsa de Strauss
Lembro-me o quanto eu vivi
Aquela noite de abril
Mas depois tudo acabou
Debaixo de um céu de anil
Só restam restos de lembranças
Na espera traços de esperanças
Éramos duas crianças
Que agora cresceram... E fugiram

Anna karenina

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Seguindo sempre...Em frente

Seguindo sempre...Em frente
Em busca das terras estranhas
Nesse mundo de beleza tamanha
Caminhei de norte a sul
Meu teto era o céu azul
Minha cama a relva verde da campina
Matava a sede num córrego de água cristalina
Queria correr as colinas douradas
E sentir o cheiro das flores da alfazema...
No frescor da madrugada
Levei minha bandeira branca como emblema
A pedir paz nas terras que passei
Ouvi o som das aves no amanhecer
Assim como seu canto ao anoitecer
Anna karenina

BARCO SEM RUMO

Eu quero a distancia das horas
Que regem o envelhecimento
Quero a presença da aurora
Que rege o nascimento
O nascer de um novo dia
O morrer da fantasia
As penas sofridas em vão
Horas perdidas esperando
Por alguém para amar
 As noites perdidas de sono
E eu aqui navegado...
Num barco sem rumo no mar

Anna karenina

NÃO SOU SÒ...

foto pessoal com montagem

NÃO SOU SÒ...
ENGANO- ME QUANDO DIGO ISSO
EU SOU CERCADA POR DIÀFANAS NINFAS
ESSAS CRIATURAS DA IMAGINAÇÃO
QUE NOS AQUECE O CORAÇÃO
NÃO SOU SÒ...
PERDI TEMPO EM PENSAR ASSIM
TENHO A MIM COMO COMPANHEIRA
NOS MEDOS E NAS TRISTEZAS
CONTO COMIGO PRA DESABAFAR
NÃO SOU SÒ...
TENHO A POESIA COMO AMIGA
A EXCELÊNCIA NA CANTIGA
COM SEUS VERSOS DE NINAR
NÃO SOU SÒ...
FUI CRIADA POR UM DEUS DE AMOR
QUE JAMAIS ME ABANDONOU
E ESTÁ

ONDE EU ESTOU
NÃO SOU SÒ...
ANNA KARENINA

sábado, 6 de fevereiro de 2010

janeiro

Janeiro nasceu das águas
 Das doces águas de janeiro
 Janeiro nasceu nas estradas
 Entulhadas de desespero
 Nasceu janeiro num dia quente
 Saiu das matas e das vertentes
 Onde a natureza...
 Sonha primeiro
 Sonda os dias do ano
Primeiros dias de cada mês
 Arvoredo verde e frutífero
 São flores outonais...
 Num belo vaso chinês
 Os frutos de ouro puro
 Escondem seu belo tesouro
Todos do mês de janeiro
Janeiro nasceu rico...
 Rico em poesia
 Mestre em fantasia
 Como musa dançante
Do por do sol
 Ao raiar do dia

 Anna Karenina

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

a jornada


Sou o redemoinho...
Que nasce do sopro dos ventos
Sou miosótis dos campos
Que enfeita o templo dos tempos
A flor ribeirinha e selvagem
Sou água, flor e miragem
Sinto a leveza das horas
Que passam suavemente
O grito do pássaro do ermo
O silvo de uma serpente
Do deserto...
Sou flor de  lótus vivente
Cubro-me de seda pura
Linho fino e cetim
No céu sou asas brancas
No corpo de um querubim
Atravesso o tempo espaço
Numa nuvem de jasmim
Da corda sou firme nò
Da boca sou o carmim
Vivo na mata fechada
Eu aprendi a ser só...
Vivendo de atos sensatos
Espero que a fúria das águas
Prendam-me... Num longo abraço

Anna Karenina

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Na vida a morte estréia


Lembranças, andanças
No amanhecer
Caprichos da vida
Suave retorno
Volto ao manto encardido
Da água suja que foi lavado
Nos desencontros de amores
E de vinho adulterado
Cansado da lida, da eterna corrida
Atrás do nada, desaba a força do rei leão
Suposto vínculo...
Da solidão, alma e coração
Peito rasgado, punhal de prata ensangüentado
Grito de dor reverberando no espaço
Nò de corda, estilhaço, sabor de mel
Vertendo fel...
Da colméia, epopéia
Na morte a vida os une
Na vida a morte estréia



Anna karenina

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

a tristeza





Eu sei que a tristeza, não era pra fazer parte da vida humana
E que as coisas da vida, deviam sempre ser agradáveis a todos
Eu sei que o mar na imensidão, nos ensina a sermos fortes
E que as aves muitas vezes, migram para o norte
Eu sei que as cinzas de um vulcão, nada sabem de toda destruição
 Por onde elas passam depois da erupção
Sei também que nossos caminhos são distintos
Nascemos sozinhos...
Vivemos sozinhos...
E morreremos sozinhos
Eu sei muito da solidão
Sei da falta de amor de conforto e carinho
Também sei que o vinho, nasce do embriagar da videira
Que no solar antigo, tem rainhas a mesa
Sei também que o velejador cai no mar, e se afoga, mas sem por isso esperar
Sei também que mesmo alegres muitos não sabem amar


Anna Karenina



Assim escreveu nosso amado poeta
Vinicius de Moraes

Dialética


É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...


Vinicius de Moraes

o canto do irapurù


A planície emoldurada
Como aquarela pintada
Pelas mãos do Criador
La adiante a cascata
Que correndo pela mata
 Transforma-se em rio e flor
Essa água cristalina
Que inunda a campina
Trazendo assim alegria
Ouve se o Irapurù
 Enquanto a floresta inteira
Curva se ao seu canto magia


Anna karenina

O HOMEM BOM...


Era uma vez um homem que queria ser bom
Bom pra seus vizinhos e conhecidos
Sempre que levantava ao nascer do sol
Saia por ruas desertas
À procura de pessoas necessitadas
Levava gente pro hospital
Cestas básicas para os pobres
Chamava a policia pra estabelecer a ordem
 Na casa de seus amigos e compadres...
Quando tinha alguma briga
Esse era um bom homem
Amado por todos e admirado
Seguia seu caminho de cabeça erguida
Tinha feito boas ações
Sabia que estava sendo louvado
 Por seus vizinhos e amigos
ETA..Homem bom... Diziam todos
Regressava a noitinha pra casa
 De espírito leve, flutuando
E um ego LA nas alturas..
......
.....................................
...........................
.........................

POIS SE TINHA FEITO
 O BEM O DIA TODO
SEMPRE ERA O PRIMEIRO
 A SOCORRER OS NECESSITADOS
JÁ PENSAVA NA COROA DE LOUROS
 QUE RECEBERIA NO PARAÍSO AO MORRER
MAS ASSIM QUE PUNHA O PÉ
 NA PORTA DE SUA CASA SÒ OUVIA GEMIDOS
ENTRAVA E LA ESTAVAM
MULHER E FILHOS EM UM CANTO A DESMAIAR DE FOME
A CASA ERA UMA SÒ LAGOA DA TEMPESTADE QUE HAVIA CAIDO NA NOITE
DOIS DE SEUS FILHOS MAIORES AINDA TRAZIAM OS GALOS NA TESTA
 DA BRIGA QUE TIVERAM NA ESCOLA
E SE REPETIA EM CASA PORQUE UM CULPAVA O OUTRO
OS CANOS DA INSTALAÇÃO D AGUA TINHAM SE ROMPIDO COM A TEMPESTADE
SEUS PAIS JÁ IDOSOS GEMIAM DE DOR SEM TER COMO IR AO MEDICO E COMPRAR REMÉDIOS
LADRÕES ENTRARAM NA CASA E LEVARAM O QUE PUDERAM
ERA UM CAOS TREMENDO O QUE SE VIA NA CASA DAQUELE BOM HOMEM
DE DAR PENA E HORROR TANTO SOFRIMENTO POR QUE PASSAVA A FAMILIA DO BOM HOMEM
ENTÃO ELE SAIU PRA NÃO VER TANTA COISA RUIM
PODERIA TER UMA CRISE DE HIPERTENSÃO
SAIU E FOI FALAR COM O VIZINHO DA FRENTE QUE ERA SEU COMPADRE

CONTANDO O OCORRIDO COM SUA FAMILIA
O COMPADRE OLHOU PRA ELE E FALOU
   COMPADRE,NÃO È EU QUERENDO ME METER EM SUA VIDA NÃO
MAS ANTES DE CUIDAR DAS CASAS DOS OUTROS
TEMOS DE CUIDAR E LIMPAR A NOSSA
ENTÃO O BOM HOMEM IRADO
SAIU SEM DAR OUVIDOS AO SEU COMPADRE



ANNA KARENINA


QUALQUER SEMELHANÇA COM A REALIDADE É MERA COINCIDÊNCIA
HISTORIA DE FICÇÃO CIENTÍFICA...

sou triste...


foto pessoal:primeira comunhão,colégio Seminário das Educandas
Sou triste...
 Nasci da tristeza
Nasci da incerteza
 Do lado do avesso
Minha alma se encontra
 Vazia, sem cor...
Sou triste faço da tristeza
 Leal companheira
De versos e amor
 Encanto e dor
Na ambivalência que vivo
 Hoje sou o trigo
 Amanhã sou o pão
Mas levo a certeza
 Mesmo em meio à tristeza
Que um anjo azul...
Sempre me da à mão
Leva-me, por vales, colinas
Deitados na campina
Cantamos louvor...
Sou triste
 Mas não sou sozinha
Encontro-me todo dia
 Com meu anjo do amor
Sou triste, nasci do avesso
Mas meu lado bom...
 Eu me conheço


Anna Karenina

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Gazela caída


Me encontro perdida
 No túnel da vida
Caminhos tortos
Sem flor sem ilusão
Meus sonhos acabaram
Na noite minguaram
Na vida e na morte
 Não se conciliaram
Meu canto è triste
De alma ferida
Gazela caída
 No leito de dor
Os pássaros do norte
 Sabem da minha sorte
Sou pasto sou viga
Sou musa e terror


Anna karenina

depressao


Tem dias que...
Tudo è péssimo
Tudo é decrépito
Tudo è pesado
Meu corpo paira no espaço
Como bagaço...
De cana amassada
A vida se torna cinza
Sem chama divina
Tudo acabado
O canto da juriti
Parece agouro
De um mal por vir
A lua se torna sangrenta
Ave agourenta
Que vem do norte
O sol se derrete
Em ventos...
Chamas e lamentos
Do vale da morte


Anna Karenina