sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

a jornada


Sou o redemoinho...
Que nasce do sopro dos ventos
Sou miosótis dos campos
Que enfeita o templo dos tempos
A flor ribeirinha e selvagem
Sou água, flor e miragem
Sinto a leveza das horas
Que passam suavemente
O grito do pássaro do ermo
O silvo de uma serpente
Do deserto...
Sou flor de  lótus vivente
Cubro-me de seda pura
Linho fino e cetim
No céu sou asas brancas
No corpo de um querubim
Atravesso o tempo espaço
Numa nuvem de jasmim
Da corda sou firme nò
Da boca sou o carmim
Vivo na mata fechada
Eu aprendi a ser só...
Vivendo de atos sensatos
Espero que a fúria das águas
Prendam-me... Num longo abraço

Anna Karenina

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