No escrever há liberdade
Mesmo que se escreva e depois rasgue
Mas a liberdade já foi uma conquista
Escrevendo eu saio de casa, do meu país
Vou aonde quiser...
Sou dona do meu nariz
Escrevendo eu oro a Deus,
Eu comungo com o divino
Eu me sinto intimo com o Senhor
Na escrita revelo meu eu
O eu que nunca aceitei
E muitos eus que ainda virão
Escrevendo eu deságuo
A alma e o coração
Posso gritar sem incomodar
A não ser que alguém leia
Meu escrito em forma de grito
Eu sonho que sou rainha
Cinderela ou uma simples folhinha
Ao escrever não sinto pudor
De me expor e me desencantar
Escrevo pra não chorar...
As letras saem em formas de lágrimas
De aflição, felicidade ou indignação
Se escrever sò para mim
Sou sovina sem coração
Tenho que escrever
Pra o mundo então...
Muitos que esperam por uma luz
O concertar de uma situação
Podem achar em meus escritos
Vitórias ou destruição
Verdades de muito além
Escrever é perigoso...
Quando se aniquila alguém
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