quarta-feira, 24 de março de 2010

A tradição a se apagar


Quem da encosta
 De uma serra
 Faz um pedestal
Expõe a lágrima
Da tradição
Chorar no perdido
 Mundo da ilusão
Quem da água
 Que jorra da cascata
 Faz seu berço infinito
Na água se fez a magia
O poder da maresia
Quem de uma flor
 Fez um presente
 Ausente na imensidão
Da luz que cai
Sobre a terra
Em tempos de verão
Sobeja a comida que sobra
Da mesa do rei da planície
Quem de um muro
 Faz o escuro da canção
Sofre extradição
Sente a faca ferindo
O aberto do seu coração
Quem não medita
 Mas grita
 Por um sinal de redenção
Das pedras
 Que rolam do morro
Dos caracóis
 Dos lençóis
 Que no varal da vida
 Espera o sol secar
Quem da vida
 Espera o minguante da lua
 No quarto crescente
 Da lua verá
A tradição a se apagar



Anna Karenina

Nenhum comentário:

Postar um comentário