Quem da encosta
De uma serra
Faz um pedestal
Expõe a lágrima
Da tradição
Chorar no perdido
Mundo da ilusão
Quem da água
Que jorra da cascata
Faz seu berço infinito
Na água se fez a magia
O poder da maresia
Quem de uma flor
Fez um presente
Ausente na imensidão
Da luz que cai
Sobre a terra
Em tempos de verão
Sobeja a comida que sobra
Da mesa do rei da planície
Quem de um muro
Faz o escuro da canção
Sofre extradição
Sente a faca ferindo
O aberto do seu coração
Quem não medita
Mas grita
Por um sinal de redenção
Das pedras
Que rolam do morro
Dos caracóis
Dos lençóis
Que no varal da vida
Espera o sol secar
Quem da vida
Espera o minguante da lua
No quarto crescente
Da lua verá
A tradição a se apagar
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