Meu temor sempre insiste
Chega às margens do limite
Meu medo é um canto triste
Como um trovador solitário
Carregando seu rosário
Das dores e das aflições
Quisera poder descansar
No Seol me estreitar
A espera da redenção
Nos campos ouço o uivo das feras
Procuram-me, esperam-me
Nos limites da razão
Se sou dono de um canto triste
E o medo ainda existe o Seol é a solução
Nas águas que vem dos rios
Desaguando mares afora
Eu espero a aurora
Com a candeia na mão
A lua hoje é vermelha
E o sangue que ora incendeia
Entre gritos e grunhidos
De feras e assombração
Nos campos os lírios morreram
As tulipas enfraqueceram
E as rosas lutaram em vão
Nessa guerra só de flores
Onde morrem os amores
Morre também a esperança
Dos encantos,das lembranças
E o bater de um coração
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