terça-feira, 6 de abril de 2010

o trem do meio dia


Vem o trem do meio dia
 Apitando na estação
Esse trem não traz ninguém
 Que balance meu coração
Subo a rampa da floresta
 E da fresta de uma pedra
 Vou o trem espionar
E ver os que vão chegar
Ver as damas em finas sedas
E perfumes de jasmim
Seus rebentos rechonchudos
Mais parecem  querubins
Carregando as bagagens
 Vai atrás o moço pobre
O cavalheiro ao lado
 Parece de sangue nobre
São personagens perfeitos
 De uma vida de riqueza
Em seus modos suas vestes
 Vê- se logo a beleza
Olho nos trapos que visto
 E reflito sobre a vida
Seu moço não é inveja
É só um lampejo de espírito
Porque uns nascem tão pobres
Enquanto outros tão ricos...?


Anna Karenina

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