quarta-feira, 21 de julho de 2010

águas mornas



A fina chuva que cai
Traz-me lembranças de outrora
São pingos de diamantes
Que se vão ao romper da aurora

Abro a janela e observo
À noite já indo embora
Para dar lugar ao dia
Se não me falha a memória

Noites e dias se entrelaçam
Na minha linha do tempo
Vivo agora a vegetar
Sem nenhum contentamento

Só me resta a poesia
Pra me tirar do sofrimento
Navegando em águas mornas
Do mar dos meus sentimentos
Desejo que a chuva se vá
E com ela o meu tormento...

Anna karenina

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