sábado, 27 de novembro de 2010

E SE EXISTISSE ALGUÉM EU QUE NÃO FOSSE EU?

COMO SERIA,SE EU FOSSE OUTRA PESSOA?
E EXISTISSE ALGUÉM EU QUE NÃO FOSSE EU?
ASSIM PODERIA ME VER COMO OS OUTROS ME VEEM
E NÃO SOMENTE A IMAGEM DO ESPELHO
VER OS DEFEITOS MEUS
QUE SOMENTE OUTROS VEEM
SABER QUEM SOU
NA OPINIÃO DE OUTRA PESSOA
MUITO COMPLICADA ESSA HISTÓRIA
DE A GENTE SER AQUILO
QUE OUTRAS PESSOAS ACHAM
POR UM DIA SOMENTE...
ALGO DIFERENTE

ANNA KARENINA

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

nesse meu
caminhar na areia

sinto o calor
de um sol que queima

que derrete
a névoa espessa

que restou
da madrugada

as ondas
vem e vão vacilantes

como almas de gigantes

a fugir da escuridão

já não piso os pés na areia
e sim em fina cambraia

la no céu o sol desmaia
e sumindo no horizonte

pra iluminar outra fontes
fontes de vida e de saber

almas que acabam de nascer
assim saindo do limbo

ao amanhecer

anna k.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ainda ouço a mesma canção da aurora
quando as portas de romper a noite
perpetua a sua melodia
ainda sinto a areia branca a brilhar
sob meus pés de menina incerteza
ainda sinto a dor de cada partida
do vestido branco
a dor da ida
minha mãe evaporando
no ar como fumaça
ainda ouço o burburinho
da voz de meu avô e meu pai
disputando
quem manda mais
no meu destino
que nunca existiu
ouço o cantar da juriti
eu não posso,não quero ir
tenho pesadelos a resolver
tenho vozes a obedecer
serei a fagulha que queima a fogueira azul
um pau de arara que roda pras bandas do sul
só silencio e a voz do vento
e da viração
onde ha caminho hoje tem espinho
a impedir-me de passar
só ficou uma alma amarga e desditosa
incapaz de sonhar

anna karenina
Desço essa serra íngreme
E cheia de atalhos, armadilhas e precipícios
Aqui o esforço è sobre humano
Não olhe pra traz
Não pise em falso
Nem brinque com a situação
Escalei o mais alto que pude
Na esperança de alcançar o céu
Mas me enganei o céu esta coberto
Por nuvem de brancura extrema
Invisível aos nossos olhos
Mas podemos criar um céu terreno
Onde a esperança nunca morre
Onde o ódio e o racismo
São coisas do passado
Onde possamos cantar
Em plenos pulmões
As alegrias do coração

Anna k
ai...como eu gostaria
que não houvesse noite
nem houvesse dia

que tudo transcorresse como se nada
ainda houvesse sido criado
a terra mergulhada
nas águas de profundezas
os luzeiros do céu sem haverem sido criados
o ser humano
ainda uma imaginação
na força de criatividade Divina

ha como eu queria
não existir
não respirar
não sofrer nem chorar
nessa minha covardia toda
nem ao menos recordar
ser só um projeto
ainda por sair do papel
ha como eu gostaria
de se tiver de viver...
viver sem dor


ha...só assim eu seria feliz

anna karemimna
minha canção é singular
tem a grandeza do mar
e a força de uma nação
minha canção tem
a cor das folhas amarelas
e o cintilar de nove luas
minha canção é indígena
tem a benção de tupã
a beleza de jaci
a singeleza da raça
tupi guarani...
somos uma nação guerreira
com canto de guerra a ecoar
correr nas florestas e salvar
o que ainda resta dela
antes das cinzas levar
minha canção é singular
é canção de céu e mar
de paz e restauração

anna karenina
na imensidão do tempo
na fúria do vento
onde a natureza cobra com duras penas
a sua exploração
meu Deus quanto sofrimento e lamento
quem pode sorrir e cantar
vendo nosso próximo chorar
a perda a destruição
meus Deus da consolo a nossos irmãos

anna karenina
por favor,não enxugue minhas lágrimas
foi tudo que achei pra me consolar da dor

a dor de ter nascido
a dor da espera da morte
a dor que nunca existiu

a dor que já passou
a dor que agora está

por favor deixe minhas lágrimas correrem
são refrigério da minha alma

passagem para o alvorecer
de uma noite sem estrelas
de um mar sem a luz da lua

de uma estrela cadente que caiu no horizonte
um dia no fim da manhã

a noite prevalecerá
a dor virá

as lágrimas afloram como flores de algodão
macias mas espinhosas como rosas do verão

deixo- as correr por tudo que nunca fui nem vou ser
pelo túmulo que me espera
por algo que nunca tive

e tentei conquistar sem conseguir
por favor não enxuguem minhas pérolas
deixem minhas lágrimas cair...

anna karenina
a seca ardente que mata a esperança do pão
a enchente que em minutos causa destruição

não há mais tempos no tempo
não há mais variações no sertão

encontro o céu diferente sem alento sem som
sem exatidão

as folhas amarelas chegaram
mas sem aviso sem explicação

nada é igual a nada
tudo é diferente de tudo

que antes havia
sem explicação

espero a lua das águas
pra poder colher o sustento

depois do sol bravio
só existe tribulação

no ar as sombras da noite
agitam e apertam o coração

espero a luz das estrelas
pra me tirar da aflição

no tempo das árvores caídas
do som do terrível trovão

dos riscos de ouro no céu
anunciando a inundação

sou forte sereno tranquilo
olho o horizonte incerto

espero o tempo das flores
pra acalmar meu coração

anna karenina
As vezes temos de ir
aonde o vento nos leva
nas asas da imaginação
no tempo a voar bem alto
nas planícies do infinito
sem se ter...
destino exato

Anna Karenina
estou triste
a tristeza vem e eu vou caminhar

andar nas estranhas estradas
que a vida me preparar

ver essa gente cansada que não tem por quem chamar
sentir o barulho das ondas juntando -se a chuva a desaguar

eu sofro não só por mim
que ainda tenho onde morar

sofro por meus irmãos que que na catástrofe estão a chorar
lágrimas transformadas em sangue

por quem não mais voltará
como estão esses corações de amargura e de dor

esse povo já tão sofrido tão carente de amor
e nada eu posso fazer além de uma prece oferecer

e pedir a Jeová que traga teu reino oh Já
só teu reino teu amparo pode essa angústia curar

ao introduzir teu reinado sem humanos pra atrapalhar
trazer os que se foram e devolver aos seus lugares

um dia a tua voz todos eles ouvirão
pois tu terás saudades do trabalho de tuas mãos

e nessa terra eterna onde a dor não haverá
a morte teve a sentença e jamais existirá


anna karenina
baseado no livro de Jò
noite de ilusões onde tudo parece perdido
vale a pena ter existido pra vivenciar essa noite
noite de fantasmas do passado coração acelerado de medo...da noite
noite tão segura e tão escura
nem a luz da lua nua veio te encantar...oh noite
noite de lágrimas e sentimentos
só tu noite conheces meu sofrimento
e pode aliviar a minha dor
noite, não me deixes aqui sozinha
a aves de rapina
procuram por meu eu...noite


anna karenina
sou como o farol de um barco
que ilumina além mar
sou como o mar agitado
sempre a quer ondular
sou como a manhã serena
as asas e as penas
de um lindo sabiá

Anna karenina