segunda-feira, 21 de junho de 2010

franqueza


Escrevi sobre homens
A humanidade enfim
Minhas mãos saíram queimadas
Minha pena quebrada
Escrever o ser humano è pura vaidade
Troca se madeira por marfim
O ser humano para ser um humano ser
Tem que voltar a nascer
Crescer
Procriar e viver
Não mais morrer
Escrevi sobre homens
Mulheres e crianças
Escrevi sobre mim



Anna Karenina
Poetisa descalça

O QUE È SER AMIGO...


Às vezes ficamos tristes
Quando os amigos se vão
Mas a verdade de tudo
É que não choremos então
Amigos são sempre amigos
Dão-nos forças no perigo
Estão sempre ao nosso lado
Mesmo nos achando errados
Amigos são flores raras
Da natureza um presente
Pessoal ou virtual
Amigos nos sentem...
Não chores nem desanime
Se alguém que julgavas amigo
Derepente te deixar
Às vezes tem males
Que vem para o bem mostrar
Amigos de verdade...
Não largam a amizade
Pois aqueles que se foram
Eram só rostos sem feições
No meio das multidões


Anna Karenina

A poetisa descalça


Aos meus verdadeiros amigos
paz,prosperidade

O COLORIDO DO UNIVERSO


TENTEI TRAZER
O RUMOR DAS GRANDES ÁGUAS
PARA MINHA POESIA
MAS FOI EM VÃO
O PORTAL DAS ÁGUAS GRANDES
TEM UM FORTE GUARDIÃO
SINTONIZEI O BARULHO DAS ONDAS
NO FUNDO UM CANTO DE SEREIA
E O FULGOR QUE INCENDEIA
O MURMÚRIO DAS ILUSÕES

SENTEI -ME NA AREIA DA PRAIA
ENQUANTO O SOL DESMAIA
EU A PROCURA DE EMOÇÕES

BEM PERTO EU VI O CÉU ABERTO
E O COLORIDO DO UNIVERSO
ME FIZERAM DIZER NÃO

ANNA KARENINA
POETISA DESCALÇA

UIVOS DO CORAÇÃO


MEUS PENSAMENTOS SONOLENTOS
EVAPORAM SE AO TOQUE DA AURORA
NOITES DE ESQUECIMENTO
DE SE UM DIA TIVE VIDA
JÁ NÃO SOU A ESPERANÇA
NEM O LUAR
NEM A LEMBRANÇA
DE QUE APORTEI AQUI
SOU O DIA MAS SEM NOITE
SOU A NOITE SEM AURORA
SOU UM VULTO A CAMINHAR
SEM SABER ONDE VAI
SOU RESTOS DE LEMBRANÇAS MORNAS
SEM TEMPERANÇA...
SOU UIVOS DO CORAÇÃO
MEUS AMIGOS...ONDE ESTÃO??


ANNA KARENINA
POETISA DESCALÇA

sonhos


Escrevi sobre sonhos
Porque pouco tenho sonhado
Tenho meu sono roubado
Pela vida e a insensatez
Sonhos nos purificam
Abrem-nos as portas do infinito
È bom sonhar outra vez


Anna Karenina
Poetisa descalça

Saudades


Saudades palavra antiga
Palavra doce e amarga
Saudades nossa inimiga
Quando as saudades corroem
Saudades flor de amargura
Mas a diva da ternura
Sentir saudades è bom
Mas às vezes fora do tom
Tem saudades que machuca
Saudades que nos anima
Há saudades primaveris
Saudades outonais
De amigos, da família
Dos que amamos e muito mais
Saudades restos de nós
Que não nos deixam jamais


Anna Karenina

A mensagem das flores


As flores nos avisam, que é tempo de amar
Tempo, de renovação e de saber perdoar
Lançam seu doce perfume, pela brisa até o mar
As flores cantam alta, a paz que todos pedimos
Deixando-nos, um exemplo de que mortas nunca estão
Que em outras primaveras, novas flores surgirão


Anna Karenina
Poetisa descalça

insônia


A madrugada segue em frente
A espera do amanhecer
Eu aqui somente...
Só... Na minha insônia
Inconsequente...
Implorando o adormecer
Ser um mortal comum
Que pode em paz dormir
Mas sei que è em vão
Nunca a terei ilusão
De isso acontecer...


Anna Karenina
Poetisa descalça

humano ser alado


webfoto

Sou uma ave da noite
Um humano ser alado
Ando nos lugares sombrios
Nos escombros arredios
Com o manto da noite me cubro
A esperar a aurora
Assim que os pássaros cantam
E hora de ir me embora



Anna Karenina
Poetisa descalça

Mãe...


Mãe... Amor sublime e raro
Tu és lamparina na noite
E água no amanhecer
Mãe tu sofres por quem um dia
Nesse mundo de magia
Tornou-se o teu rebemto
A rosa que feneceu, mas nunca se esqueceu
És tu mãe ao morrer
A bela fada dos sonhos
Que mesmo voando longe
Sempre da para se vê...


Anna Karenina
A poetisa descalça

sábado, 19 de junho de 2010

O vento e eu...


Canto na minha poesia
A dor que me aflige todo o dia
Pra escrever o que na mente se ingressar
Talvez sem rumo e duras penas
Assim levo o meu rastro até as estrelas
Pra me poupar de rastejar qualquer defesa

Eu canto e ninguém ouve
O meu canto grito
Que espalhando assim em todo infinito
Fazem astros e estrelas estremecerem
Estou aqui nessa jornada só
Meus companheiros são as lágrimas e o pó
Da terra que um dia me cobrirá
Mais que eu cante minha tristeza
O vento espalha por toda redondeza
Que sou feliz...
É só uma questão de esperar



Anna Karenina
A poetisa descalça

ORAÇÃO TRISTE


Quem me dera voar até o infinito
Em lugar escondido ficar até minha angústia passar
Mas não tenho asas pra voar

Quem me dera nas ondas do oceano
Mergulhar minha amargura até tudo isso passar
Mas eu não sei nadar

Quem dera se as asas do vento
Levassem-me por um tempo
Tempo de tudo mudar
Mas o vento é abstrato
Nunca o vi só o sei sentir

Como eu queria aos céus chegar
Em teus braços me aninhar
Senhor da Criação
Mas sou simples pecador
E de ti fugiria então

Mas assim como laços fortes
Que nos prendem a vida e a morte
Só tu Deus seria a solução


Anna Karenina
Poetisa descalça

Anjo do amanhecer


Tu nasces todos os dias com o alvorecer
Alvas asas de trigo e poder
Anjo lindo da paz e do saber
Mergulhas na luz do sol na linda alvorada
Só voltas ao teu céu ao anoitecer


Anna Karenina
Poetisa descalça

Como è morrer...?


Como é morrer...?
Esta pergunta, já passou por sua cabeça...?
Você a deixou na memória se esvanecer...
...ou a enfrentou?
Não sabendo o que responder?
Pois é... Esta pergunta vive a me atormentar
Basta sozinha eu ficar... E ela esta La
Em minha cabeça a se formar
Sinto meu coração palpitar
A ideia de morrer não me cai bem
E aposto que a você também
Ela me apavora... Apavora a você também?
Escreveu se na antiguidade
Que todos têm na mente
E coração a eternidade
Não fomos feitos para morrer então...



Anna Karenina
Poetisa descalça

covardia


Siga em frente
Não olhe para traz
A vida não espera por ninguém
Seja você mesma
Veja alem do alem
Não imite não exite
Em mostrar o ser você

Veja das coisas o lado melhor
Não existe você só
Nem só você existe


Veja as nuvens formam um bando
Mas quando se espalham
Voltam a ser sozinhas
E para a chuva caminham

Levanta a coragem
Que trouxe um dia quando nasceu
Porque ninguém nasce covarde
Nem você, nem eu


Anna Karenina
Poetisa descalça

Veja se existe mesmo


Sempre estará viva
Se você for viva
Na mente antiga
Sempre acordada

Moldada por valores de estrada
Sempre a ver o sol
Desperte o arrebol
Que existe em você

Cante a valentia da vida
Destreza de viver
Encarar o amanhecer
Sem saber se haverá noite
Noite e dia pra viver

Acontecer, aparecer
Sentir o banho da lua
Branda e carinhosa com você
Veja se existe mesmo
Para existir è preciso
Insistir em ser você



Anna Karenina
Poetisa descalça

Vampiros??//Eles existem sim...




Quem disse ,que vampiros não existem?
Eles existem e podem estar muito perto de você
Tudo ou todos que nos tiram a harmonia, nossa alegria
Pode ser considerado um vampiro
Grandes ,são os meios deles te vampirizar
Vampiro não bebe sangue, ele estraçalha almas
Tira a sua inspiração, joga sua alma no chão
Quantas vezes, estamos em nosso caminho
E nos deparamos com vampiros...
Eles atacam, tiram teu valor
Seu poder è enlouquecedor
Deixam-te no chão e levam tua emoção
Encontramos vampiros, no ambiente familiar
Entre amigos...
Vizinhos e às vezes aparecem do nada
Somente para infernizar
Contra todos te colocar
Sugam teu poder, levam tua voz
E você, fica quieto sem gritar
Seus sonhos terminam ali
A menos que tenha forças para levantar
Por isso tome cuidado...
Os vampiros, podem estar em qualquer lugar
Não é somente uma história vulgar


Anna Karenina
Poetisa descalça

Aos vampiros, que já passaram pela minha vida
vocês não me venceram

A terra da escuridÃO


Terra escura...
Feita de absinto e amargura
Que me trouxe a distimia ao alvorecer
Atraiu-me para a falsa maestria
Sugou minha energia de viver
Cortou minha garganta num só grito
Nessa terra um dia eu vi o amanhecer... O infinito
Hoje só espinhos posso ver
Escombros... Sombras
Como a Babilônia ao fenecer
Terra escura...
Hoje te canto em versos malditos
Aquela que antes foi...
A terra do amanhecer


Anna Karenina
Poetisa descalça

Meus versos malditos


Meus versos malditos
Jamais foram escritos
Estavam na prisão...
A vida os soltou... O cadeado quebrou
Eu agora sou livre então
Passei da humildade até da orfandade
Da meiguice inquieta a viver sempre alerta
Sem pegar em qualquer Mão
Meus malditos versos formam um manifesto
Pra não viver na escuridão


Anna Karenina

Só, na escuridão


Só ,na escuridão da noite fria
Minha alma esta vazia
De amor, de alegria
Falta-me vontade de viver
O cruzeiro do sul, no céu parece ser
A cruz que carrego todo dia
Estou só, francamente à solidão dói
O sentimento, bom corrói
Tudo que passa ,as mãos da solidão
Só sabendo, que o sol pra mim se pôs
Em atraente, crepúsculo no poente
Para aumentar ,minha aflição



Anna Karenina

Poetisa descalça

Morreu minha poesia


Luto, com meus antigos retratos
Feitos de poeira e mato
Pra fazer voltar ao espaço
A poesia... Que um dia era eu
A sombra ,que cobriu minha alma
O desencanto, que me trouxe a escuridão
Morreu minha poesia
Nessa noite de verão...
O luto se entranhou em meu ser
Como é difícil viver
...sem querer
Matando minha calma... A minha poesia feneceu
Nas mãos, de um falso semideus


Anna Karenina
Poetisa descalça

nascente


Fiz da minha vida uma canção breve
Que logo terminará
Em notas altas e sustenidos
Troquei o sol maior por um gemido
Da dor que sinto agora
Minha alma nesse instante
Esta a beira de uma fonte
Sedenta por água fresca
Límpida água cristalina
Que só vi quando menina
Dos rios ao pé da nascente


Anna Karenina
Poetisa descalça

Entre a luz e a escuridão


Como o ninho do pássaro vazio... Estou só
Como uma criança com frio
Neste porto solidão
Só... No meio da multidão
Sem a minha poesia
Nessa manhã tão vazia
Só eu e meus pensamentos
Entre a luz e a escuridão


Anna Karenina
Poetisa descalça

história de viver


Vejo os carros passando na rua
Mas a minha angustia, continua e me dá vontade de partir
Os faróis perturbam minha visão
Noite alta...
Eu, aqui na escuridão
Só, como os elementos descartados
Como a planta, que não vingou
A tristeza morde minha alma aflita
Estou só, na cripta dos sonhos
Sem poder, esquecer os desenganos
Nesta história de viver


Anna Karenina
Poetisa descalça

Hipocrisia...


Hipocrisia...
Ela mora nos escombros
Nas madrugadas das noites frias
A espera da sua presa
Estraçalha com finos dentes
Mata a alma da gente
Como o fio de uma navalha
Ela se transforma em rainha
Em rei de glorioso poder
Ate tudo fenecer
Disfarça o rosto sombrio
Encostado em mármore frio
A rir da miséria alheia
Ela é tudo de ruim no mundo
Mata, mente e apavora
Vê a presa no espelho
Com grandes olhos vermelhos
De inveja e despudor
Depois veste alva cambraia
E quando o sol desmaia
Diz-se ser o amor...


Anna Karenina
Poetisa descalça

estultícia...


O homem com toda a sua estultícia rejeita a Deus.
Quando todos se acham muito sábios é ai que começam a cair em suas estultícias...
Prov. 12:23.


Vi debaixo do sol
Como o rei Salomão
Que a verdade dói
Como ferida em erosão
A casa da estultícia
Esta pronta para a festa
Da mentira e falsidade
Duma sociedade funesta
Onde reina a astúcia, crimes de poderosos
Vaidade, mil fogueiras
Acendidas de falsidade
Vi debaixo do sol
Hipocrisia e poder
Cobra mordendo cobra
Sem poder se defender
Pois todos se achavam justos
Na maneira de pensar
Jogaram as cartas na mesa
Para ver quem vai ganhar


Anna Karenina
Poetisa descalça

Haiti


Há um provérbio bíblico que diz:
O homem governa o homem, para a sua própria desgraça
Vivemos tempos de angustia e dor
A natureza resolveu rebelar se contra, os meios antinaturais,com que o homem costuma trata-la há muito tempo
Vemos relatos de países devastados por terremotos, tsunamis, enchentes, tragédia levando a outra tragédia
Nosso Brasil não escapou...
Tivemos mortes, perdas materiais e humanas em vários estados brasileiros
Sendo, o Rio de Janeiro o que mais sofreu, com chuvas torrenciais e mortes
Bahia, e alguns estados do sul do país, também ficaram sob alerta, de calamidade e tiveram grandes perdas também
Ouvi no noticiário, que o Brasil ajudará, na reconstrução do Haiti, assim como o ajuda na missão de paz
Vários soldados e uma médica brasileira morreram no terremoto que assolou esse país
Muito elogiável, por parte de o governo brasileiro, manter soldados ainda lá, e ajudar nas obras de reconstrução desse lugar, talvez um dos mais pobres do mundo
Mas, que em contrapartida terá a ajuda de outros países, mais ricos e politicamente seguros do que o Brasil
Então, seguem as seguintes perguntas, essas que não tivemos ainda respostas

O governo brasileiro, esta dando a máxima atenção, às cidades destruídas pelas chuvas no Brasil? ? A educação ta indo bem no nosso país? Com bons educadores, tudo que precisa para fazer de nossa juventude um povo de bem?Com um futuro de bons cidadãos?
Temos proteção contra a violência, qual guerra urbana que assola nosso pais?
Combate, a crimes hediondos e outras formas de violência?
A saúde do brasileiro como anda?
Tem pessoas morrendo nas filas do SUS?
Sem termos de esperar meses para se ter uma consulta mèdica decente?
Os dentes dos brasileiros como andam?

E a fome nos país já está controlada por completo?
Nossas maternidades do SUS estão cuidando bem das parturientes e seus recém nascidos?
E nossos índios?
Estão tendo o quinhão deles por direito natural nesse Brasil?
Projetos e soluções contra a poluição, e o desmatamento das nossas florestas...
Agora a pergunta chave:
Não estariam nossos políticos, indo aos cofres públicos como urubus a carniça?
Sem gastos extras com viagens, política, festas, panetones etc...?
Dinheiros do povo sendo usados em gastos particulares?
Os desabrigados das chuvas por todo o Brasil estão sendo tratados como devem?
E as nossas estradas que tantos acidentes, acontecem estão sendo bem cuidadas?
O salário mínimo do Brasil, vocês tem certeza que dá para uma família não passar necessidades básicas?
Nossas matas estão mais verdes, nossos campos tem mais flores?
Nossos rios águas limpas?
As famílias brasileiras podem ter um dia sequer por semana, para o lazer sem ter que trabalharem, como burros de carga para poder sobreviver?
E os doentes crônicos, velhos, deficientes estão tendo cobertura digna?
Se assim for...
Parabéns Brasil ajudem nossos irmãos sim...
Porque nunca podemos despir um santo
Para vestir outro...


Anna Karenina

Haiti
Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso e Gilberto Gil

Quando você for convidado pra subir no adro
Da fundação casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se os olhos do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque um batuque
Com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária
Em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada:
Nem o traço do sobrado
Nem a lente do fantástico,
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão
Se você for a festa do pelô, e se você não for
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
E na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer
Plano de educação que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
Do ensino do primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui

a nobreza


Jamais espere que a nobreza
Esteja de mesa posta, esperando por você
A nobreza tem sutilezas, quanto a quem escolher
Quem é nobre, mesmo pobre têm a riqueza a seus pés
Levanta e abre a porta...
Espera nas horas mortas e faz tua confissão
Reconhece teus pecados, examina teus achados
Nunca almejes a perfeição


Anna Karenina
Poetisa descalça

Andei perdida na noite


Fui à fonte de limpas águas
Entrei em mundos inesquecíveis
Ouvi a ave real com seu canto
E o rouxinol
Passei por florestas marrons
Sai em veredas com sons
Da voz de um coro angelical
Andei perdida na noite
Senti o frio me estremecer
Aconcheguei me nas ondas do oceano
Depois nada mais vi...
Acordei para um novo amanhecer



Anna Karenina

guerra x paz


A paz não é segredo
Mas ela tem muito medo
Da guerra a destruição
A paz é dama nobre
Seja rica seja pobre
Existe em toda nação
A guerra e seu forte grito
De dor mais que aflito
Entrando na casa da paz
Provoca terror e lamentação
A guerra mulher vulgar
Que ronda sem avisar
Não se conforma em deixar
Nada em paz ficar



Anna Karenina
Poetisa descalça

Arrogância de tal...


Nariz empinado
Sombria feição
La vai um tom da destruição
Acha-se a tal a mulher fatal
Faceira mas sem valor
Essa mulher não tem corpo
Pois é a pura alma do mal
Seu nome soa bem longe...
Arrogância de tal...
O arrogante se sente senhor
Da verdade e do tempo
Leva água em peneira
Tentando secar o mar
Encontra-se nas ruas escuras
Seu fim é a amargura
Seu dia de destruição
Temos muitos exemplos dela
Desde o Éden está presente
No pecado de Adão


Anna Karenina
Poetisa descalça

Quando florescem os gerânios


A vida assim não tem pressa
Quando florescem os gerânios
Anunciando a primavera
Das arvores as verdes folhas
Flores dão-nos escolhas
Para assim admira- las
O sussurro do riacho
A luz que vem do infinito
Se espalhando como um grito
Iluminando a floresta
Nessa fresta de janela
Onde a curiosidade desperta
Olho as flores silvestres
Contra o vento a balançar
O perfume que exalam
Deixam-nos admirados
Quando as violetas florescem
E as rosas nos fazem sonhar


Anna Karenina
Poetisa descalça

minhas raízes


Não tente, mudar meu eu
Nasci rústica, tentaram me lapidar
Pedra bruta ainda está
Nada sei do amor refinado
Sei ao meu modo amar
Sou selvagem, bicho do mato
Não tentem me modificar
A educação secular nos leva
Os valores considerar
Mas eu não ligo pra valores
Minha vida é sem temores
Pois com valores eu nasci, cresci e morrerei
Nada tenho a fazer, assim sempre serei
Se cortarem minhas raízes
Morrerei de amargura
Sou Alguém que ama
Desperta e correr
Em busca de água pura


Anna karenina

cidade das sombras


cidade das sombras

Hoje estou caída no limite do meu ser
Desejaria hoje não viver
Do outro lado da floresta existem feras a me tocaiar
Não sei pra que lado andar
Sem a minha proteção, vinda das minhas mãos
Jamais poderei me ajudar
Sinto o frio da morte a me assustar
Mas não consigo levantar...
Estou caída na relva de muitas folhas de urtiga
Meu corpo dói
Minha alma corroí
Um vinho envenenado a mim foi dado
Com a certeza de que dele beberei
Desse copo maldito...proscrito
Copo da minha extrema unção
Sim, estou entrando novamente
Na cidade das sombras eternas
La, onde deixei a depressão


Anna Karenina
A poetisa descalça

Não há compreensão...


Há um vento atrás de nòs
Que nos leva para longe
Há um tempo traiçoeiro
Que nos esmaga por inteiro

Tirando-nos a seiva da vida
Há um espaço no limite dos anos
Onde tropeçamos
Em raízes de desencantos

Mutilados pela visão do desconhecido
Sempre olhe para trás
Espante esse vento voraz
Muitas vezes a causa da destruição

A vida é muito veloz
Assim ela passa por nós
Mas nunca passamos por ela

Siga em frente não desista
Se cair levante lentamente
Sua cabeça baixa
Não haverá vertigem

O sofrimento também passa
Assim como os dias benditos
Grite a pureza da alma
Fique calma, não siga os aflitos
Na aflição
Não há compreensão...


Anna Karenina

ENSAIO PARA MORRER


CADA QUAL TEM SEUS CAMINHOS
NASCEMOS SÓS E IREMOS
EMBORA SOZINHOS...
DEIXAREMOS NA IMENSIDÃO
DESEJOS DE NOSSO CORAÇÃO
CONSTRUÍDOS ...
DE VERDADES OU MENTIRAS
DE SÁTIRAS OU POESIAS
SEREMOS PÓSTUMOS PELA MANHÃ
E TUDO ASSIM TERMINARÁ
E LOGO AO CHEGAR A NOITINHA
NINGUÉM DE NÓS SE LEMBRARÁ...

ANNA KARENINA

Preciso dormir...


Preciso dormir...
Esquecer que não sou eu
A dona de mim mesma
Sou do ar, da escuridão
Da claridade
Da imensidão
Do maldito e do bendito
Sou nuvem no infinito
No fulgor da luz solar
Na terra sou gramínea
Moita de Artemísia
Ramalhetes de angélicas
Buque de rosas reais
Minha cama é a estrada
Num declive cheio de flores
Somente o Pintor dos céus
Pode retratar o meu dossel


Anna Karenina

SE NÃO EXISTISSE O AMOR...


ESSA DOR É SÓ MINHA
NÃO A REPARTIREI
COM MAIS NINGUÉM
ESSE CANTO É SÓ MEU
LEVAREI PELAS ESTRADAS
ONDE A PASSARADA
ME AJUDARÃO A CANTAR
ESSA ALEGRIA É NOSSA
PORQUE NOS CONTAGIA NO AR
COMO FIO DE FINA PÉROLA
E PEDAÇOS DE NÁCAR
VAMOS A CORREDEIRA DO RIO
A VIDA NOS ESPERA LÁ
SONHEMOS COM FRUTOS DE PURO SABOR
SE NÃO EXISTISSE O AMOR
SOBRARIA SOMENTE A DOR...

ANNA KARENINA

SINGULAR


SINGULAR, PERFEITAMENTE
SINGULAR...
OLHE PARA TRÁS, O TEU ESPELHO TE DENUNCIA
AS VERDADES CONFUSAS, QUE UM DIA TE ENSINARAM
NÃO ERAM VERDADES
TÃO SOMENTE MENTIRAS
COMO PAPEL DE SEDA BRANCO
CORTE- AS E AS FAÇA EM TIRAS


ANNA KARENINA

Vamos rir um pouco...




E-Mail Errado*
Quando o homem chegou e foi para seu quarto no hotel, viu que havia
um computador com acesso à internet, então decidiu enviar um e-mail
à sua mulher, mas errou uma letra, sem se dar conta, e o enviou a outro
endereço (outra pessoa)...

O e-mail foi recebido por uma viúva que acabara de chegar do enterro
do seu marido e que, ao conferir seus e-mails, desmaiou instantaneamente.
O filho, ao entrar em casa, encontrou sua mãe desmaiada, perto do
computador, em que na tela se poderia ler:

Querida esposa: Cheguei bem. Provavelmente se surpreenda em receber
noticias minha por e-mail, mas agora tem computador aqui e podem-se
enviar mensagens às pessoas queridas. Acabo de chegar e já me certifiquei
que já está tudo preparado para quando você chegar na sexta que vem.
Tenho muita vontade de te ver e espero que sua viagem seja tão tranqüila
como está sendo a minha.

PS: Não traga muita roupa, porque aqui faz um calor infernal....



DESCONHEÇO O AUTOR

lamentos de um cachorro


Quando penso em certas coisas
Pessoas se achando as melhores
Me dá uma dor de cabeça
Daquelas bem piores
Humildade, humanidade...
Compreensão, falsidade
Egoísmo e orgulho
Paz e destruição
Chame a Samu ,pega o ladrão
São palavras são ditados
Alguns já desusados
Gente quieta, gente aflita
Rezando ou rogando pragas
Xingando, amaldiçoando
Abençoando ou pedindo perdão
Corre daqui, corre dali
Trabalhar pra ter o pão
Mas esquecem que nós os cachorros
Somos melhores que o amigo cão...


Anna Karenina
Poetisa descalça

jogo mortal


Reis e rainhas no jogo mortal
Levam a pedra sepulcral
Na astucia, na volúpia
Tornam- se magistral
A ironia, a hipocrisia
Geram sementes do mal


Anna Karenina
Poetisa descalça

menina dos meus olhos


Segui o aroma das flores
Nas veredas,verdes...caminhos de mar
O alecrim, majestoso a me convidar
Um hino à vida cantar...
Olhei as floradas da serra
Multicores, aquarela
Tão bela,mil amores
De primores ímpar
Sentei na beira do riacho
Cantei com voz de luar
Minha vida,esquecida
O medo a me dominar
As águas molharam meus pés
No riacho a atravessar
Lembrei da felicidade ,que um dia
Existia,comigo,abrigo,sem perigo
Quando nos olhos...
Da menina dos meus olhos
Você costumava estar... LÁ


Anna Karenina
Poetisa descalça

ROSAS SEM ESPINHOS


A beleza ,das palavras amigas
Que restauram o coração
Louvores e trovas antigas
Sensação de poder
Uma única canção
Nas linhas tortuosas da vida
Deixo rastros de emoção
Se um dia, voltasse à partida
Chegarias à estação
Meu medo è que não retornes

Esqueças das flores, do orvalho
Trago-te em braços cansados
Minhas flores sem os galhos
Pois nesse buque ofertado
A ti ,só tem rosas...
Deixei para trás os espinhos
Os espinhos... Ficaram nos galhos


Anna Karenina
A poetisa descalça

A dor


A dor tem veias abstratas
Muitas são as dores que matam
E as dores do coração...
Sentimento insensato
Descobre-nos por completo
Deixando o peito aberto
Ferida em exposição
A dor física, se não mata, cura
Pouco tempo ela dura
Pois vem logo a solução
A pior dor è a dor da alma
Esmigalha e destrava
As forças de proteção
Deixa-nos a beira do abismo
Sem controle, sem conforto
Não nos da opção
A dor da alma não tem cura
Mas com tempo ela procura
Doer menos, por distração


Anna Karenina
A poetisa descalça

mudanças na rede ning?


Quando os cabelos arrepiam
Sentimos coração bater
Deve ser um fantasma
Que nos bota pra correr
Mas engano meu...
Não é nada disso não
É só o planeta terra
mudando de direção


Anna karenina

cantiga de poeta...Dedico a todos os membros do Mural dos escritores


foto web

Canto... Com minha pequena voz
Canto com voz serena
Enquanto há voz em mim
Canto a natureza
Rios, montanhas
Verdes mares
Firmamento e belos astros
Sol, lua e as estrelas
Canto a minha fraqueza
Faço do meu canto um emblema
Na sutileza de um poema
Não posso deter a musa
Canto a morte e a tristeza
A vida e a alegria
A pobreza e a realeza
Quente cama, tumba fria
Aos derrotados e vencedores
Aos conjurados e santificados
Canto meus pecados
Canto céu, terra e mar
Meu amado Portugal
Meu Brasil original
A Todas as nações
Meu canto magistral
Canto pra sobreviver
Canto meu acalanto
Tristezas e desencanto
Cantarei até morrer


Anna Karenina

Aos membros do mural dos escritores
Essa singela homenagem
Amigos ou não amigos

cantata da saudade


foto web

Cantemos.
As saudades de um lar
Uma pátria a reclamar
De quem dela aborrece
Minha terra dorme
Embaixo de velhos salgueiros
Centenária árvore do ar
Velozes cavalos alados
Voam entre nuvens de flores
Descansam, desatinam
Correm com a leveza
Trotam nas marés da lua
Saudades, da terra encantada
Das abelhas em revoada
A produzir o próprio mel
Dorme sagrada donzela
Entra as terras a mais bela
Nunca direi teu nome
Salta nas montanhas verdes
Qual corça no cio e no fim
No fim de tempos além
Dorme amada minha
Nossa terra está habitada
Com criaturas do vento
Criaturas apaixonadas
A criar os seus rebentos

Anna Karenina

Eu...Tu...


Eu... Outrora a luz de uma fonte
Tu... Eras o guardião do monte
Sagrado monte do amor
Entre vales enluarados
Escondemos o pecado
De viver o intenso luar
As madeixas das campinas
Flores rudes e pequeninas
Cabelos de ouro e flor
Seguimos destinos tortos
Hoje no cais sou porto
E tu... Historia de amor


Anna k

semi-linhas


Na linha do horizonte
Deixo a minha
A linha vertical unida à horizontal
Delas formamos lindas
Infinidades de semi-linhas

Anna k